ENSAIO A RESPEITO DO MEDO DA MORTE DE SI E DO MEDO DA MORTE DOS OUTROS

DUAS REFLEXÕES DE PERSPECTIVA SCHOPENHAUERIANA

Autores

  • Antonio Alves Pereira Junior UEL

DOI:

https://doi.org/10.7443/problemata.v15i2.69324

Palavras-chave:

Schopenhauer, morte, filosofia

Resumo

O presente artigo tem um aspecto ensaístico para refletir a respeito da morte na filosofia. Para tal, o texto está separado em dois tópicos principais: I) da relação do filósofo com o medo da própria morte, onde proponho digressões a partir da máxima de Platão: “O homem que vejas lamentar-se diante da iminência da morte é porque não era, em fim das contas, um filósofo” (Fédon, 68c) para, por conseguinte, discorrer sobre o estilo de vida solitário, simples e uniforme dos filósofos, donde surge o segundo tópico principal: II) da relação do filósofo com o medo da morte dos outros. Neste tópico, minhas reflexões partem da ideia de que filosofar não é tão somente aprender a morrer, mas também, aprender a lidar sabiamente com a morte dos entes queridos e amados. Para tal, surgem algumas questões interessantes, como por exemplo: por que a morte dos jovens é mais sentida do que a dos idosos? E ainda, por que a morte dos jovens ainda continua sendo mais temerariamente sentida do que a morte dos bebês? O quanto se pode realmente estar preparado para o dia final dos amigos e dos amados, dado que este dia sempre pode ser hoje?

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Biografia do Autor

Antonio Alves Pereira Junior, UEL

Professor de Filosofia pela UniCesumar, mestre e doutorando em Filosofia pela Universidade Estadual de Londrina (UEL) tendo como base principal de pesquisa a evolução das espécies de Charles Darwin e a metafísica de Arthur Schopenhauer (Bolsista CAPES Demanda Social). Currículo Lattes: https://lattes.cnpq.br/6545316263455915

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Publicado

30-10-2024

Edição

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Artigos