ENCANTARIA E O INFANTIL NA UMBANDA
Resumo
O objetivo deste estudo foi comparar características de duas classes espirituais que se manifestam na umbanda, crianças e encantados. Foi realizado um levantamento bibliográfico a respeito dessas entidades e pesquisa de campo em três terreiros do interior de São Paulo. Observaram-se manifestações rituais desses “guias”, suas relações com os adeptos e foram feitas entrevistas com os médiuns incorporados e escutaram narrativas a respeito delas. A análise comparativa apoiou-se nas teses da psicologia analítica a respeito do arquétipo do puer. Foi possível perceber que, assim como as crianças, os encantados podem ser associados a futuridade, a potencialidades e a plasticidade. No entanto, para além dos espíritos infantis, a encantaria é pura possibilidade, podendo se apresentar em qualquer outra linha e trazer para a vida dos médiuns o convívio explícito e literal com o mundo dos sonhos e do mistério. Portanto o culto a essas entidades na umbanda se relacionaria a necessidade, por parte dos adeptos, de ampliar e enfatizar aspectos psíquicos associados a essas linhas (maleabilidade, criatividade), permitindo que características associadas ao arquétipo do puer se alargassem a outras categorias do panteão umbandista.Downloads
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