Feitiçaria e resistência: representações pagãs no maravilhoso e no fantástico

Autores

  • Andréa Caselli Universidade Católica de Pernambuco

DOI:

https://doi.org/10.22478/ufpb.1982-6605.2017v14n2.36465

Resumo

Este artigo visa analisar a estreita relação entre o simbolismo sagrado pertencente às crenças e tradições do paganismo ocidental e os aspectos imaginativos contidos na literatura maravilhosa e fantástica, dando ênfase aos contos de fadas. É discutida a forma como as reminiscências de tradições pagãs permaneceram em tais textos como fonte histórica de práticas pré-cristãs. Dentre as várias vertentes culturais que contribuíram para a formação das estruturas dos contos de fantasia, os resquícios das antigas tradições religiosas pagãs são de grande relevância para o estudo sobre a finalidade e o conceito destes contos. Pois, a herança histórica dos contos de fadas sobreviveu aos processos de globalização em todas as partes do mundo, atingindo e influenciando culturas diversas. A metodologia utilizada na pesquisa se concentra na análise das publicações de estudos literários, da literatura de contos populares diversos e, sobretudo, das pesquisas históricas, antropológicas e psicológicas sobre o tema. Foram consultados autores de áreas diversas, a garantir que a pesquisa tenha caráter transdisciplinar e que favoreça o diálogo entre ciências da religião, literatura e imaginário. O material foi sistematizado em um referencial teórico fundamentado em contos coletados por pesquisadores oitocentistas como Franz Xaver von Schönwerth. Também foram usadas concepções como as do folclorista Etunimetön Frog sobre resgate tradicional, do historiador Jaques Le Goff sobre mito e rito, da psicóloga Marie Louise Von Franz sobre contos populares e do filósofo Tzvetan Todorov sobre o fantástico.

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Biografia do Autor

Andréa Caselli, Universidade Católica de Pernambuco

Mestra em Ciências da Religião pela Universidade Católica de Pernambuco. Atualmente é historiadora e cofundadora do Instituto Liberal Pernambucano. É pesquisadora do Grupo de Estudo Diálogo inter-religioso e transdisciplinaridade (CNPQ), integrado ao Observatório Transdisciplinar das Religiões no Recife. Também é pesquisadora do Núcleo de Estudos Oitocentistas Belvidera (CNPQ) da Universidade Federal de Pernambuco.

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Publicado

2017-12-23

Como Citar

CASELLI, A. Feitiçaria e resistência: representações pagãs no maravilhoso e no fantástico. Religare, [S. l.], v. 14, n. 2, p. 282–310, 2017. DOI: 10.22478/ufpb.1982-6605.2017v14n2.36465. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/index.php/religare/article/view/36465. Acesso em: 20 dez. 2024.