“Bem-aventurados os pacificadores”: Dom José Maria Pires e a Cantata pra Alagamar
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.1982-6605.2020v17n2.54019Resumo
A Cantata pra Alagamar é uma obra musical composta com as finalidades de denunciar os abusos sofridos por famílias rurais paraibanas da fazenda Alagamar, e de enaltecer as vitórias alcançadas por elas na luta contra um sistema socialmente injusto e desigual. Foi criada em 1978, pelo maestro J. A. Kaplan e pelo poeta W. J. Solha. A Igreja Católica, sobretudo na pessoa do então arcebispo da Paraíba, José Maria Pires, ofereceu respaldo para o nascimento da Cantata, uma vez que, naqueles conflitos, ocorridos a partir de 1974, saiu em defesa do homem do campo. Nesse contexto, enfatizamos o papel de Dom José – o que constitui um diferencial deste trabalho em relação a outros estudos já publicados – e sua atuação ante circunstâncias limitadoras da vida humana, destacando a importância que ele teve na construção de uma resistência pacífica e no enfrentamento às triturações ocasionadas pelas “botas pesadas” dos militares naqueles difíceis “anos de chumbo”. Ancorada em pesquisa bibliográfica, a análise dos acontecimentos foi feita pelo prisma teórico da não violência ativa e a partir de processos simultâneos de dessolidarização e solidarização vividos pela Igreja, conforme sistematização elaborada pelo próprio Dom Pires. Com o estudo foi possível concluir o quanto aquela produção artística acentuou as necessidades de respeito aos direitos dos camponeses e de uma resistência organizada, embasada nos preceitos evangélicos.
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