Objetos morais na constituição da pessoa no xangô do Recife.

Autores

  • Pedro Germano UFPE e UFRPE
  • Roberta Bivar Campos UFPE

DOI:

https://doi.org/10.22478/ufpb.1982-6605.2020v18n1.57978

Resumo

Buscamos nesse artigo compreender e analisar o processo de constituição da pessoa religiosa no xangô pernambucano dando ênfase ao modo de participação existente entre pessoas e coisas, doravante analisadas como objetos morais. Por entendermos que o xangô é uma religião de participação, defendemos que a participação é o elemento fundante do vínculo social nos xangôs. A adesão ao grupo implica na submissão às forças místicas presentificadas não apenas nas ideias, nas pessoas e também numa miríade de objetos rituais. Por entendermos  que as materialidades são agentes (que, por constituírem o social, constituem pessoas), buscamos também discutir   o modo pelo qual tais forças místicas, de natureza moral, se materializam no sangue, fio de contas e nos assentamentos dos santos (objetos morais). 

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Biografia do Autor

Roberta Bivar Campos , UFPE

Possui graduação em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Pernambuco (1992), mestrado em Antropologia pela Universidade Federal de Pernambuco (1995) e doutorado em Antropologia Social - University of St. Andrews (2001). Atualmente sou professora associada II da Universidade Federal de Pernambuco, pesquisadora e vice líder do Núcleo de Estudos do Cristianismo (UERJ), membro do LEC da UFPE Laboratório de Estudos avançados de Cultura Contemporânea, onde coordeno o Observatório de Cultura, Religiosidades e Emoções (OCRE). Sou ainda membro de comissões editoriais de diversas revistas entre elas, Revista Anthropológicas (UFPE), Altéra (UFPB), Vivência (UFRN), Interface (UNESP) e da Coleção Cadernos do GREM (UFPB). Tenho experiência na área de Antropologia, com ênfase em emoções, atuando principalmente nos seguintes temas: ritual e religião, cultura e identidade, emoções, corpo e moralidade, materialidade e textualidade do sagrado. Destaco ainda minhas pesquisas sobre a história da antropologia no Brasil, das relações entre psiquiatria e antropologia, com especial foco no período da institucionalização da antropologia em Pernambuco. Mais genericamente meus trabalhos têm por preocupação investigar como a religião (através do corpo, emoções, textos e objetos) constitui as pessoas e suas relações sociais.

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Publicado

2022-02-11

Como Citar

GERMANO, P.; CAMPOS , R. B. Objetos morais na constituição da pessoa no xangô do Recife. Religare, [S. l.], v. 18, n. 1, p. 81–106, 2022. DOI: 10.22478/ufpb.1982-6605.2020v18n1.57978. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/index.php/religare/article/view/57978. Acesso em: 19 nov. 2024.