Objetos morais na constituição da pessoa no xangô do Recife.
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.1982-6605.2020v18n1.57978Resumo
Buscamos nesse artigo compreender e analisar o processo de constituição da pessoa religiosa no xangô pernambucano dando ênfase ao modo de participação existente entre pessoas e coisas, doravante analisadas como objetos morais. Por entendermos que o xangô é uma religião de participação, defendemos que a participação é o elemento fundante do vínculo social nos xangôs. A adesão ao grupo implica na submissão às forças místicas presentificadas não apenas nas ideias, nas pessoas e também numa miríade de objetos rituais. Por entendermos que as materialidades são agentes (que, por constituírem o social, constituem pessoas), buscamos também discutir o modo pelo qual tais forças místicas, de natureza moral, se materializam no sangue, fio de contas e nos assentamentos dos santos (objetos morais).
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