LAURA SANTOS E GILKA MACHADO:

POESIA E VOLÚPIA

Autores

  • Josivânia da Cruz Vilela Universidade Estadual da Paraíba
  • Marcelo Medeiros da Silva Universidade Estadual da Paraíba

Resumo

A produção poética de autoria feminina de meados do século XIX e início do século XX aponta para o despertar da mulher rumo à libertação das amarras sociais. Fazendo da escrita sua melhor companhia, as mulheres-escritoras oitocentistas reclamaram para sidireitos, entre eles entrar na esfera literária, espaço eminentemente masculino à época. Entre essas mulheres-escritoras que ousaram escrever, quando, segundo os preceitos vigentes que determinavam a escrita como função masculina, assim não deveriam agir, estão as poetisas Gilka Machado (1893-1980) e Laura Santos (1919-1981). No presente artigo, interessa-nos analisar como as mencionadas poetisas, em meio a uma sociedade alicerçada sob preceitos patriarcais, lograram tecer um discurso próprio, carregado de conotação erótica. Procurando conjugar os estudos sobre relações de gênero com os estudos sobre literatura e sociedade, pautar-nos-emos no método da crítica textual, privilegiando a análise integral dos poemas escolhidos. Para tanto, como aporte teórico principal, nos valemos das contribuições de Telles (1987), Paixão (1991), Foucault (2011), no que concerne ao imaginário feminino no século XIX, ao erotismo nos escritos de mulheres oitocentistas e ao discurso acerca da sexualidade na sociedade ocidental, respectivamente.

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Publicado

2022-02-04

Como Citar

da Cruz Vilela, J., & Medeiros da Silva, M. (2022). LAURA SANTOS E GILKA MACHADO: : POESIA E VOLÚPIA. Revista LiteralMENTE, 1(2), 83–103. Recuperado de https://periodicos.ufpb.br/index.php/rl/article/view/61329

Edição

Seção

Dossiê: O feminino como metáfora na literatura: as diversas faces do desejo