FRANCISCA CLOTILDE E RACHEL DE QUEIROZ

“CEARENSIDADE”, PIONEIRISMO E RECHAÇO EM MEDIDAS DESIGUAIS

Autores

Palavras-chave:

Pioneirismo, Escritoras Silenciadas, Beletristas Cearenses dos Séculos XIX e XX

Resumo

Este artigo, uma revisão bibliográfica de abordagem qualitativa e de objetivo exploratório, analisa Francisca Clotilde e Rachel de Queiroz, nordestinas envolvidas com causas literárias, políticas e sociais quando estes espaços eram hegemonicamente masculinos. Francisca Clotilde, a primeira professora da Escola Normal do Ceará e a primeira dona de escolas particulares mistas no estado, impactou a sociedade de sua época por sua vinculação com a erudição, por ousar viver uma relação adúltera e ainda publicar um romance cujo título é A Divorciada (1902), atraindo para si o repúdio. Rachel de Queiroz escreveu profissionalmente desde a adolescência e seu romance inaugural a tornou reconhecida. Recebeu vários prêmios literários e foi a primeira mulher a adentrar na Academia Brasileira de Letras. Também teve um amor proibido: seu envolvimento com convicções políticas que a fizerem ser perseguida politicamente. Este estudo visa colocá-las em paralelo sob a perspectiva de Almeida (2006; 2007; 2008), Almeida (2012), Câmara e Câmara (2015) e Câmara, Câmara e Soutullo (2015), dentre outras e outros pesquisadoras/es. Concluímos que, desviando-nos de anacronias e centrando-nos nos fatos, ainda que o nome “Rachel de Queiroz” normalmente surja instintivamente quando tratamos de “escritoras nordestinas” e, principalmente cearenses, Francisca Clotilde foi uma das escritoras mais silenciadas da historiografia literária nacional.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Dra. Yzy Maria Rabelo Câmara, Universidad Argentina John F. Kennedy

Possui graduação em Psicologia pela Universidade de Fortaleza (1999), graduação em Licenciatura em Psicologia pela Universidade de Fortaleza (1999), graduação em Serviço Social pela Universidade Estadual do Ceará (2002), Latu Sensu em Saúde do Idoso pela Universidade Estadual do Ceará (2002), MBA em Gestão Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas (2005), Mestrado em Saúde Pública pela Universidade Federal do Ceará (2011), Doutorado em andamento em Psicología Social pela Universidad John F. Kennedy e duas formações holísticas em Terapias Integrativas e Complementares. Trabalha há dezenove anos como psicóloga sanitarista da Unidade de Internação Feminina do Hospital de Saúde Mental Professor Frota Pinto e há quatro anos no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) Nise da Silveira. É docente da UNIQ, UNIFOR, UniChristus e Núcleo Resistir (Suicidologia) em cursos de Pós-Graduação e no Instituto Educacional Meira Barbosa (IEMB) em Psicologia Hospitalar. É psicóloga clínica e terapeuta holística de consultório particular. Sócia-fundadora da Cooperativa de Trabalhadores Psicólogos do Ceará LTDA. Tem experiência de vinte e um anos na docência do ensino superior com as disciplinas: Psicopatologia, Estágio Supervisionado, Trabalho de Conclusão de Curso, Teorias e Técnicas Psicoterápicas, Ética em Saúde, História da Psicologia, Teorias da Personalidade, Desenvolvimento Humano, Psicologia Organizacional, Chefia e Liderança e Clima Organizacional e nove anos com produção científica nas seguintes linhas de estudo: modos de subjetivação, sofrimento psíquico, qualidade de vida, psicologia e saúde mental. Membro efetiva do Grupo de Estudos Filhas de Avalon: o feminino em pauta.

Yls Rabelo Câmara, Universidad de Santiago de Compostela

Yls Rabelo Câmara, brasileira e espanhola, tem estágio pós-doutoral em Educação pela Universidade Estadual do Ceará (Uece) e é Doutora e Mestra em Filología Inglesa (Letras – Língua Inglesa) pela Universidad de Santiago de Compostela, na Galiza, Espanha. É Especialista em Ensino de Espanhol – Língua Estrangeira pela Uniateneu e Especialista em Ensino de Línguas Estrangeiras – Inglês pela Uece. Tem Licenciatura Plena em Letras Português-Inglês pela Uece e atualmente é Licencianda de Letras Espanhol, Pedagogia e História pelo Centro Educacional Estácio do Ceará. É professora de idiomas há trinta e quatro anos. Dedica-se à investigação e publicação acadêmicas de trabalhos sobre os costumes, as literaturas, as mitologias, as tradições, as crenças e os folclores dos povos de fala portuguesa, inglesa e espanhola – em especial, as rezadeiras e os profetas da chuva –, e debruça-se sobre a Literatura Produzida por Mulheres, com lauta produção nessa seara. É a idealizadora, a Orientadora e a Líder do Grupo de Estudos Filhas de Avalon, que conta com participantes em oito países (Brasil, Espanha, França, Portugal, Holanda, País de Gales, Colômbia e Egito) e investiga escritoras nacionais e internacionais, pretéritas e atuais – especialmente as silenciadas e apagadas pelos cânones literários. Neste momento, a Dra. Yls Rabelo Câmara inicia sua carreira como biógrafa.

Downloads

Publicado

2024-02-16

Como Citar

Câmara, Y. M. R., & Rabelo Câmara, Y. . (2024). FRANCISCA CLOTILDE E RACHEL DE QUEIROZ: “CEARENSIDADE”, PIONEIRISMO E RECHAÇO EM MEDIDAS DESIGUAIS. Revista LiteralMENTE, 3(Especial), 64–84. Recuperado de https://periodicos.ufpb.br/index.php/rl/article/view/69127

Edição

Seção

DOSSIÊ “ESCRITORAS NORDESTINAS OFUSCADAS PELO CÂNONE LITERÁRIO BRASILEIRO"