PERFIL DE PACIENTES COM DPOC ATENDIDOS EM AMBULATÓRIO TERCIÁRIO DE PNEUMOLOGIA SEGUNDO A CLASSIFICAÇÃO GOLD

Autores

  • Érika Miranda Vasconcelos Médica residente em Medicina Interna no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP
  • Maria Beatriz Sarmento de Oliveira Abrantes Médica Residente em Medicina de Família e Comunidade da Secretaria Municipal de Saúde de João Pessoa, PB
  • Matheus Lucas Henriques Santos Médico Residente em Medicina de Família e Comunidade pela Faculdade de Ciências Médicas da Paraíba
  • Agostinho Hermes de Medeiros Neto Doutor em Pneumologia pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, médico intensivista em Juazeiro do Norte, CE
  • José Luís Simões Maroja Professor de Semiologia Médica da Universidade Federal da Paraíba (UFPB
  • Rilva Lopes de Sousa Muñoz Doutora em Produtos Naturais e Sintéticos Bioativos, Professora/UFPB

Resumo

O objetivo deste estudo foi identificar o perfil clínico e espirométrico de pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) atendidos ambulatorialmente no setor de pneumologia de um hospital universitário de acordo com a classificação GOLD. Realizou-se estudo  descritivo e transversal, com análise de variáveis clínicas e espirométricas da classificação proposta pelo GOLD. A amostra foi composta por 48 pacientes, com idade acima de 60 anos e do sexo masculino, ainda tabagistas, com carga tabágica média de 44,8 anos-maço, com comorbidades, importante impacto dos sintomas da DPOC sobre a sua vida diária e em uso de formoterol associado a budesonida e/ou brometo de tiotrópio. No período de um ano, 60,4% exacerbaram pelo menos uma vez e 18,7%, duas ou mais vezes, com hospitalização em 33,3% da amostra. Observou-se maior frequência do GOLD B (41,7%), seguido pelo GOLD D (37,5%) e GOLD A (20,8%), enquanto do ponto de vista espirométrico, a maior parte dos pacientes foi classificada como GOLD 2 (64,6%). Os resultados mostraram um perfil de homens idosos, ainda tabagistas, carga tabágica elevada, em uso de formoterol e/ou tiotrópio e corticóide inalável, exacerbações no último ano e limitação para atividades da vida diária, com comorbidades, predominantemente dos grupos GOLD B e GOLD D, e com uma limitação moderada ao fluxo aéreo (GOLD 2).

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Publicado

11.01.2024 — Atualizado em 11.01.2024