Do que falam as sapatilhas? A inserção da sapatilha marrom no balé clássico e suas narrativas de consumo e apropriações
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.1807-8931.2024v20n11.71998Palavras-chave:
Sapatilha marrom. Balé. Cultura Material. Consumo.Resumo
O presente estudo analisa algumas das narrativas e dos significados associados à introdução de sapatilhas de balé marrons, por meio de estudos sobre cultura material e consumo. A metodologia do estudo consiste em uma série de 11 entrevistas realizadas com bailarinas, ex-bailarinas e professoras de balé negras em Belém do Pará, visando compreender suas perspectivas em relação ao cenário. A pesquisa possui como referencial teórico estudos de Daniel Miller (1997; 2013), no campo da Cultura Material, objetivando compreender o impacto dos objetos na formação do indivíduo, bem como Muniz Sodré (2013; 2014), em estudos acerca das relações de comunicação estabelecidas entre os sujeitos em sociedade. A partir do estudo realizado pôde-se então perceber que a sapatilha, como objeto, existe como como um símbolo de voz e lutas sociais, representando resistência e reivindicação por maior inclusão no balé, representando um avanço significativo na inclusão e representatividade das bailarinas negras.