TRADUÇÕES DE VERSO EM PROSA
Palavras-chave:
traduções de La Fontaine, norma do “verso em prosa”, DTSResumo
Escritas em verso no século XVII, as fábulas do francês Jean de La Fontaine são traduzidas frequentemente em prosa, tanto no Brasil quanto em outros países. Seguindo a linha dos Estudos Descritivos da Tradução (DTS) de Gideon Toury (2012), em que a tradução é vista como fato da cultura de chegada, o presente trabalho visa apresentar e situar no sistema literário brasileiro, as traduções em prosa das fábulas lafontainianas. Segundo Anthony Pym, a recorrência de traduções em prosa, de textos originalmente escritos em verso, caracteriza uma norma de tradução, denominada por ele, como a norma do “verso em prosa”. Para este teórico, “[...] as normas não são leis que todos devem obedecer. Normas são mais uma prática padrão comum segundo a qual todos os outros tipos de prática são definidos” (PYM, no prelo). No caso do sistema literário brasileiro, a norma do “verso em prosa” é uma prática adotada pelos tradutores desde o século XIX. Ela continua sendo seguida até os dias atuais, sobretudo para as edições direcionadas ao público infantojuvenil. A primeira obra brasileira a conter fábulas traduzidas de La Fontaine foi a Collecção de Fabulas imitadas de Esopo e de La Fontaine de autoria de Justiniano José da Rocha, publicada em 1852. Já nesta obra, as fábulas foram traduzidas em prosa.Downloads
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