DOM CASMURRO EM INGLÊS E FRANCÊS

Autores

  • Cynthia Beatrice Costa

Palavras-chave:

Machado de Assis, tradução, cultura

Resumo

A comunicação terá por objetivo exemplificar os caminhos diversos adotados pelos tradutores do romance Dom Casmurro (1899), de Machado de Assis, em suas respectivas versões em inglês e francês. A presença da cultura brasileira (mais especificamente, do Rio de Janeiro do Segundo Império), presente no romance machadiano, servirá de parâmetro para o cotejo, que visa a investigar as estratégias de preservação, omissão e/ou compensação utilizadas pelos tradutores nas passagens selecionadas. Trata-se de cinco versões diferentes: três para o inglês – de Helen Caldwell, publicada pela primeira vez em 1953 e novamente em 2009; de Robert Scott-Buccleuch, de 1992, com republicação em 1994; e de John Gledson, de 1997 – e duas para o francês, de Francis de Miomandre, de 1936, e de Anne-Marie Quint, de 1983 e relançada em 2002. Por meio da análise de exemplos textuais, pode-se apreender alguns dos métodos de adaptação adotados pelos tradutores de língua inglesa e francesa, além de elucidar possíveis diferenças tradutórias entre diferentes idiomas. Apoiada no campo de estudos da tradução literária, partindo de autores como Antoine Berman e José Lambert, a pesquisa apresentada dará ênfase a traços brasileiros encontrados no romance machadiano e em suas traduções, interpretados a partir da concepção do próprio autor, exposta no ensaio “Notícia da atual literatura brasileira: instinto de nacionalidade” (1873). Críticos literários brasileiros que abordaram extensamente a obra de Machado de Assis, tais como Roberto Schwarz, Antonio Candido, Afrânio Coutinho e Câmara Jr., darão suporte a essa interpretação.

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Publicado

2014-10-13