WILLIAM WILSON: CONTO E ADAPTAÇÃO CINEMATOGRÁFICA
Palavras-chave:
Robert Stam, adaptação cinematográfica, William WilsonResumo
A partir de algumas ideias e conceitos de Robert Stam, expressos em “Teoria e prática da adaptação: da fidelidade à intertextualidade” (2006), este trabalho apresenta algumas relações existentes entre o conto “William Wilson”, de Edgar Allan Poe, e sua adaptação cinematográfica franco-italiana (1968), de título homônimo, dirigida por Louis Malle, presente na coletânea Histórias Extraordinárias. O conto narra a vida decadente de um rapaz, chamado William Wilson, que sofre psicologicamente por causa da existência de um suposto duplo, semelhante a ele em tudo, exceto em sua índole. Assim como acontece nos estudos da tradução com relação ao texto “original”, Stam também questiona a “originalidade” e a “superioridade” das obras literárias em relação às adaptações. Para o teórico americano, toda adaptação é uma nova leitura e interpretação. Deste modo, Stam não qualifica negativamente ou positivamente uma adaptação a partir de uma ideia de fidelidade, já que esta é sempre relativa e subordinada à visão do diretor, que reinterpreta os signos verbais em uma nova linguagem, a audiovisual. Pretende-se, portanto, apresentar neste trabalho como Louis Malle lidou com as ambiguidades, o clima psicótico e outros aspectos na sua versão cinematográfica, recriando elementos e trazendo uma nova perspectiva sobre o conto de Poe.Downloads
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