PSICANÁLISE, LITERATURA E MÚSICA: TRADUÇÃO DAS PRINCIPAIS FIGURAS FEMININAS NOS LIBRETOS DE ÓPERA DIE FRAU OHNE SCHATTEN E ELEKTRA COMO REFLEXO DO FIN DE SIÈCLE EM VIENA

Autores

  • Ingrid Maria Santos da Silva

Palavras-chave:

tradução literária, melopoética, psicanálise

Resumo

Porque crescente e atual, a abordagem às relações interdisciplinares no campo das ciências humanas, e, mais restritamente, no contexto dos estudos literários, tem proporcionado pesquisas que evidenciam como diálogos entre artes de sistemas semióticos diferentes podem estabelecer, de maneira profícua, paralelos e intertextos nas produções artísticas dessas formas de expressão. Assim, ao ponderar tais relações, é possível reconstruir o modo e meio de formação de certas representações culturais, bem como seu caráter dialógico. Nesse contexto, indo além das já permeáveis fronteiras da melopoética, no que concerne às relações entre literatura e música no âmbito do gênero operístico, (figurados aqui nas obras Die Frau ohne Schatten (1918) e Elektra (1909), de Richard Strauss, com libretos de Hugo von Hofmannsthal), projetamos nossa investigação avante, convidando a fazer parte dessa pesquisa, ainda que timidamente, a teoria psicanalítica freudiana. Tomando-lhe como lastro, buscaremos analisar as principais figuras femininas das referidas óperas, bem como pontuar como são representadas as conexões entre literatura e música por meio desses personagens. Para tanto, consideramos pertinente uma abordagem ‘desconstrutivista’ do texto – conforme proposta por Jaques Derrida –, que considera o caráter suplementar e transformador da tradução. No tocante à melopoética, adotamos considerações dos estudiosos em literatura e música Steven Paul Scher e Solange Ribeiro de Oliveira, buscando averiguar marcas de musicalidade da linguagem e teoria musical presentes nos referidos textos de ópera.

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Publicado

2014-10-13