PARATEXTO E PARATRADUÇÃO NAS OBRAS DE AZOUZ BEGAG

Autores

  • Kall Lyws Barroso Sales

Resumo

Na França, durante a década de 60, o número de imigrantes de origem magrebina crescia nos grandes centros. Com anseio de ascensão econômica, muitos imigrantes viajaram para o solo francês, porém não conseguiram o tão almejado retorno à terra natal. Dessa forma, muitos trabalhadores sem escolaridade e suas famílias continuaram a viver em solo francês, nas periferias que ainda mantinham nítida relação com as culturas do norte da África. Azouz Begag foi filho de um desses imigrantes que conseguiu, através de sua literatura, em especial Le gone du Chaâba (1986), levar ao público francês a realidade de sua comunidade. Nascido na periferia de Lyon e filho de imigrantes, Azouz Begag apresenta, em sua literatura, a vida dos Beurs, jovens franceses de origem magrebina, valorizando sua cultura e construindo um modelo positivo de identidade. O presente trabalho, então, propõe uma reflexão sobre a obra de Begag para o questionamento da história literária francesa, em particular a utilização de paratextos e de paratraduções nas obras de Begag, dando ênfase aos glossários e ao guia fraseológico apresentado pelo autor e como esses paratextos chegaram às traduções do inglês e do espanhol. Para tanto, usaremos os textos de Genette e de Yuste Frías como aparato teórico, para examinarmos as ideologias, e as propostas das edições através da análise das capas, quartas capas.

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Publicado

2014-10-14