O PAPEL DO TRADUTOR E A FORMAÇÃO DE SUA IDENTIDADE

Autores

  • Maria Eduarda dos Santos Alencar

Palavras-chave:

teoria pós-colonial, papel do tradutor, identidade do tradutor

Resumo

Sob a perspectiva da teoria pós-colonial de Niranjana, na qual há o argumento de que as traduções não devem ser compreendidas como sendo fiéis ou livres, ou texto-fonte ou texto-alvo, mas sim como algo que, além de reforçar de modo recíproco as noções preestabelecidas de cultura e identidade, também as transformam, há a contestação da tradução considerada como tradicional. Além da teoria da autora, o presente trabalho também acolherá a teoria domesticadora e estrangeirizadora de Venuti, em que a primeira se refere ao texto traduzido que se passa por original, cuja prioridade do tradutor se encontra na intenção do autor, enquanto a segunda ignora o cânone local e introduz outros discursos, incorporando valores marginalizados na cultura meta e introduzindo estilos e gêneros com traços alheios à cultura alvo. A importância da teoria de Venuti para o trabalho deve-se ao fato de que, assim como ele, Niranjana defende a estratégia estrangeirizante, que é aberta ao transporte da diferença e resiste à convenção de tradução proposta e discutida na teoria tradicional e, dessa forma, apresenta novas formas de repensar não apenas a tradução, mas também a evolução cultural e a formação de identidade do tradutor. O presente trabalho, portanto, propõe discutir o papel do tradutor e a formação de sua identidade a partir das teorias pós-coloniais e do que seria, para elas, a tradução. Para essa finalidade, acolhemos as contribuições de Niranjana (1992), Derrida (1982), Venuti (1996; 2002), Blume e Peterle (2013), entre outros.

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Publicado

2014-10-14