TRADUÇÃO E TRANSFERÊNCIAS CULTURAIS EM TORNO DO INÍCIO DO “CONTO FANTÁSTICO” NO BRASIL: O CASO DE HERMIONA. NOVELLA ALEMÃA DO SÉCULO XIV (1830)

Autores

  • Wiebke Röben de Alencar Xavier
  • Marcos Túlio Fernandes

Palavras-chave:

conto fantástico no Brasil, Hermiona, tradução nos periódicos do século XIX

Resumo

O início do conto fantástico no Brasil tem sido motivo de discussões e controvérsias em torno das traduções e imitações das narrativas de E.T.A. Hoffmann, já que no “século XIX, ‘conto fantástico’ é sinônimo de ‘conto à la Hoffmann’ (CALVINO, 2004, P. 12), e de outros escritores como Balzac e Bürger. Lopes (1997) afirma a tradução de “O Morgado” de Hoffmann, publicado em 1843, na revista Minerva Brasiliense, como o primeiro conto do escritor alemão no Brasil. Entretanto, em 1839, o Jornal do Comércio publicou “A paixão dos diamantes”, uma imitação da novela hoffmanniana Das Fräulein von Scuderi feita pelo jornalista-escritor Justiniano da Rocha, que segundo Volobuef (2002) nasceu de uma tradução clandestina que desembarcou entre nós com o título de Olivier Brusson. E mesmo antes, em junho de 1836, o jornalista carioca já havia publicado no periódico O Chronista uma imitação de La peau de chagrin, de Balzac, com o título de “A luva misteriosa”. Mas já em 1830, Lopes (1997) registra que o efêmero periódico O Beija-flor havia publicado em seu oitavo e último número a tradução de Hermiona. Novella Allemãa do século XIV. Considerada como ponto de partida da literatura fantástica no Brasil, essa contribuição analisará a tradução e os processos de transferências culturais em torno dessa “novella alemãa” no Beija-flor, que tomou como base uma narrativa emoldurada da narrativa Anne of Geierstein, que integra os Waverley Novels do escritor escocês Sir Walter Scott.

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Publicado

2014-10-14