Gonçalves Dias e a Tradução na Imprensa Periódica Oitocentista

Autores

  • Camyle de Araújo Silva PPGL - UFPB
  • Wiebke Robën de Alencar Xavier PPGL - UFPB UFRN

Palavras-chave:

Gonçalves Dias, Tradução, Imprensa Periódica

Resumo

O presente trabalho tem como objetivo contribuir para o resgate da memória do poeta e tradutor maranhense Antônio Gonçalves Dias (1823-1864), mais conhecido pela autoria da poesia “Canção do Exílio” (1843), através do estudo de trabalhos traduzidos pelo mesmo e publicados na revista maranhense O Archivo (1846). São eles: “A Torre de Verdum” de Frédéric Soulié e “Canção de Bug-Jargal” de Victor Hugo. A fortuna crítica acerca de Gonçalves Dias tradutor tem focado quase que exclusivamente em sua tradução do livro de Friedrich Schiller, “A Noiva de Messina” (Die Braut von Messina), concluída em 1863. Contudo, seu trabalho com traduções é mais amplo, tendo publicado outras traduções na imprensa periódica oitocentista. Com isso, tomou-se como base o conceito metodológico interdisciplinar de Transferências Culturais, cunhado por Michel Espagne e Michael Werner. Para Espagne (2012, p. 21), a Transferência Cultural pode ser entendida como uma orientação metodológica para pesquisas históricas, que pretende evidenciar as imbricações e mestiçagens entre os espaços nacionais, tentando entender como as formas identitárias se alimentam das importações. A partir desse conceito, pretende-se analisar o perfil tradutório do poeta através do estudo dos textos de partida em seu contexto de origem, em relação às traduções em seu contexto de recepção, visando identificar as transformações e modificações que ocorreram durante a viagem desses textos entre os espaços nacionais. Assim, pretende-se reconstituir a visão de Gonçalves Dias acerca da tradução, tomando como base também os comentários encontrados em suas correspondências pessoais.

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Publicado

2014-12-19

Edição

Seção

Artigos