EMPREGO E TRADUÇÃO DE MOTES FASCISTAS: DE QUE LADO ESTÃO AS AUTORAS?

Autores

  • Márcia de Almeida

Resumo

Este trabalho propõe, sob a perspectiva dos Estudos Culturais, dos Estudos da Tradução e da Critica Feminista, comparar a leitura que as autoras da chamada Literatura Pós-colonial Italiana, como, por exemplo, Gabriella Ghermandi, Cristina Ali Farah e Igiaba Scego, fazem, em suas obras, dos motes e hinos fascistas utilizados durante a campanha colonial da Itália na África - como propaganda para convencer os italianos de uma suposta superioridade racial e pronta a difundir estereótipos que inferiorizavam, sobretudo, as colonizadas - com a menção e a tradução dos mesmos, por Marina Colasanti, em seu livro de memórias Minha guerra alheia. Embora a proposta do livro de Colasanti não seja uma análise engajada e revisionista dos abusos cometidos pelas tropas e colonizadores italianos, configurando-se mais como um resgate das lembranças afetivas da narradora e das influências dos acontecimentos históricos daquele período, incluindo a Segunda Guerra Mundial, sobre o cotidiano da família, ainda assim, fica evidente, nesse caso, o enfoque dos eventos, episódios e canções pelo olhar do conquistador, mesmo quando a autora se demora em alguma crítica, como pretende demonstrar a presente reflexão.

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Publicado

2017-09-27

Edição

Seção

Comunicações Breves Tradução e Literaturas Não-Canônicas