Museu Aberto do Descobrimento (MADE) na Bahia, Brasil: geossistema e vulnerabilidade ambiental

Autores

  • Renata Coppieters Oliveira de Carvalho Universidade Estadual de Santa Cruz - UESCPrograma de Pos Graduação em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente - Rede Prodema
  • Felipe de Souza Pimenta UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ - UESC
  • Alexandre Schiavetti UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ - UESC

DOI:

https://doi.org/10.22478/ufpb.1981-1268.2018v12n4.34093

Resumo

Este artigo tem como objetivo analisar o Geossistema do Museu Aberto do Descobrimento, de forma a medir sua vulnerabilidade ambiental. Especificamente, caracterizar o meio biótico, físico e socioeconômico; elaborar um mapa de vulnerabilidade ambiental relativa e sugerir mudanças de usos com base na Política Nacional sobre Mudanças do Clima. A área é tombada como patrimônio histórico pelo IPHAN desde1996 e ocupa os municípios de Santa Cruz Cabrália, Porto Seguro e Prado na Bahia. O turismo é a principal atividade do setor de serviços. Utilizou-se uma abordagem descritiva dos ambientes a partir de mapas e dados secundários, tendo como aporte teórico a Teoria dos Geossistemas. O mapa de vulnerabilidade foi elaborado a partir da sobreposição dos mapas temáticos no SIG Arcgis 10.1, as informações cartográficas foram rasterizadas e seus atributos reclassificados. Foram atribuídos graus de vulnerabilidade para cada componente dos fatores físicos ambientais, segundo suas suscetibilidades aos impactos ambientais. Identificou-se que o grau de vulnerabilidade máximo corresponde somente a 0,01% da área total amostrada. Sugere-se recuar as atividades para fora das áreas frágeis identificadas na linha de costa, para maximizar a resiliência destes ambientes e reduzir os efeitos do avanço do mar.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Renata Coppieters Oliveira de Carvalho, Universidade Estadual de Santa Cruz - UESCPrograma de Pos Graduação em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente - Rede Prodema

Doutoranda em Desenvolvimento e Meio Ambiente - Rede PRODEMA (UESC) Mestre em Cultura e Turismo - UESC. Especialista em Turismo e Interpretação do Patrimônio com Comunidades - FACTUR. Graduada em Turismo e Hotelaria - UNEB. Professora Assistente do Curso de Turismo UNEB, Campus XVIII, Eunápolis Bahia.

Felipe de Souza Pimenta, UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ - UESC

Mestrando em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente - UESC Bacharel em Geografia - UESC

Alexandre Schiavetti, UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ - UESC

Ecólogo pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho Mestre em Ciências da Engenharia Ambiental - USP Doutor em Ecologia e Recursos Naturais - UFSCAR Pós-doutorado no Centro Nacional Patagônico (CENPAT - Puerto Madryn) Prof. Pleno da Universidade Estadual de Santa Cruz Departamento de Ciências Agrárias e Ambientais.

Referências

AMORIN, R. R; OLIVEIRA, R. C. 2007. Degradação ambiental e novas territorialidades no extremo sul da Bahia. Caminhos de Geografia. Revista online. Uberlândia v. 8, n. 22, p. 18 – 37.

______, R. R; OLIVEIRA, R. C. 2013. Zoneamento ambiental, subsídio ao planejamento no uso e ocupação das terras da Costa do Descobrimento. Mercator, Fortaleza v. 12, n. 29, p. 211 – 231.

BAHIA. GOVERNO DA BAHIA. 2013. Zoneamento Ecológico Econômico do Estado da Bahia - Cenários Tendenciais e Alternativos de Sustentabilidade (Preliminar). Disponível em: <http://www.zee.ba.gov.br/zee/wp-content/uploads/2013/10/cenario/cenarios.pdf>. Acesso em: 15 nov. 2015.

BRASIL. DECRETO LEI N° 1874, DE 22 DE ABRIL DE 1997. Define e delimita a área correspondente à primeira descrição geográfica do Brasil, e dá outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1996/D1874.htm>.Acesso em: 07 abr. 2017.

______. DECRETO Nº 72.107, DE 18 DE ABRIL DE 1973. Converte em Monumento Nacional o Município de Porto Seguro, no Estado da Bahia, e dá outras providências. Disponível em: <http://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1970-1979/decreto-72107-18-abril-1973-420741-publicacaooriginal-1-pe.html> Acesso em: 07 abr. 2017.

______. 2008. Estudo de Competitividade dos 65 Destinos Indutores do Desenvolvimento Turístico Regional - Relatório Brasil / Luiz Gustavo Medeiros Barbosa (Organizador). — 2ª ed. Revisada — Brasília: Ministério do Turismo.

______. Ministério do Meio Ambiente. RESOLUÇÃO Nº 303, DE 20 DE MARÇO DE 2002. Dispõe sobre parâmetros, definições e limites de Áreas de Preservação Permanente. Disponível em:

<http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res02/res30302.html>. Acesso em: 07 abr. 2017.

______.2009. LEI Nº 12.187, DE 29 DE DEZEMBRO DE 2009. Institui a Política Nacional sobre Mudança do Clima - PNMC e dá outras providências. Disponível em:<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/lei/l12187.htm> Acesso em: 5 jun. 2015.

CARNEIRO, R. A. F. 1994. A indústria de papel e celulose no Extremo Sul: estágio atual e perspectivas. Bahia: Análise e Dados, Salvador, CEI, v.4, n.2/3, p.206-217.

CARVALHO, Clébia R. 2008. Uma abordagem geográfica do Turismo em Porto Seguro. Dissertação. Dissertação apresentada ao Curso de Pós-Graduação em Geografia Física do Departamento de Filosofia, letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, São Paulo. 104 p. Disponível em:

CEI. CENTRO DE ESTATÍSTICAS E INFORMAÇÕES. 1992. Perfil da região econômica Extremo Sul. Salvador, 64p.

CI BRASIL. Conservação Internacional. 2013. Levantamento da Vulnerabilidade as Mudanças Climáticas na Costa do Descobrimento e Região de Abrolhos. PEREIRA, Renata; DONATTI, Camila I.; NYBROEK, Ravic; PIDGEON, Emily; HANNAH, Lee. Brasil.

DANTAS, et al. 2002. Geomorfologia da Costa do Descobrimento

– extremo sul da Bahia: municípios

de Porto Seguro e Santa Cruz Cabrália. Revista Augustus – Rio de Janeiro – Vol. 07 – N. 14 – Jan./Jun.

FARIA, Diomira Maria Cicci Pinto. 2007. Impacto do turismo em um destino a partir da perspectiva da economia convencional e ecológica. Revista Academia Observatório de Inovação do Turismo.

FOLHA ONLINE. Folha de São Paulo. Esporte. Centro de treinamento da seleção alemã. 16 dez 2013. Disponível em:<http://fotografia.folha.uol.com.br/galerias/21395-centro-de-treinamento-da-selecao-alema> Acesso em: 10 nov. 2016.

FRANCO, G. B.; MARQUES, E. A. G.; GOMES, R. L.; CHAGAS, C. S.; SOUZA, C. M. P; BETIM, L. S. 2011. Fragilidade ambiental da bacia hidrográfica do rio Almada – Bahia. Revista de Geografia, v. 28, n. 2: 187-205.

IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Cidades. Santa Cruz de Cabrália. Censo Demográfico 2016. Disponível em: <http://cidades.ibge.gov.br/xtras/perfil.php?codmun=292770>

Acesso em: 10 nov. 2016

_____. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Cidades. Porto Seguro. Censo Demográfico 2016. Disponível em: < http://cidades.ibge.gov.br/xtras/perfil.php?codmun=292530> Acesso em; 10 nov. 2016.

_____. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Cidades. Prado. Censo Demográfico 2016. Disponível em:< http://cidades.ibge.gov.br/xtras/perfil.php?codmun=292550> Acesso em: 10 nov. 2016.

INEMA. Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos. Governo do Estado da Bahia, banco de dados do INEMA 2014. Disponível em: <http://www.inema.ba.gov.br/servicos/mapas-tematicos/?dl_page=2> Acesso em: mar. 2017.

KUMMEROW, C. 2000. The Status of the Tropical Rainfall Measuring Mission (TRMM) after Two Years in Orbit. Journal of Applied Meteorology, v. 39: 1965-1982.

LIZÁRRAGA-ARCINIEGA, R.; APPENDINI-ALBRETCHSEN, C. M.; FISCHER, D. W. 2001. Planning for Beach Erosion: A Case Study, Playas de Rosarito, B. C. Mexico. Journal of Coastal Research, v. 17, n. 3: 636 – 644.

MMA. Ministério do Meio Ambiente. 2007. Vulnerabilidade Ambiental / Rozely Ferreira dos Santos, organizadora. – Brasília: MMA, 192 p.

NASA. National Aeronautics and Space Administration Goddard Earth Science Data

Information and Services Center (GES DISC). Tropical Rainfall Measurement Mission, 2015. Disponível em: <https://disc2.gesdisc.eosdis.nasa.gov/data/TRMM_L3/TRMM_3B42.7/doc/TRMM_Readme_v3.pdf> Acesso:10 fev. 2017.

PAESE, A.; Paglia, A.; Pinto, L.P.; Foster, M.N.; Fonseca, M. & Sposito, R. 2010. Fine-scale sites of global conservation importance in the Atlantic forest of Brazil. Biodivers Conserv.

PALOMEQUE, Francisco L. 2003. El turismo en el desarrollo local y regional: aportaciones conceptuales. Documento de Trabalho. Alicante: Escuela Oficial de Turismo de la Universidad de Alicante.

PEDREIRA, M. da S. 2004. Complexo florestal, desenvolvimento e reconfiguração do espaço rural: o caso da Região Extremo Sul baiano. Bahia análise e dados, Salvador, v.13, n.4: 1005-1018.

PEEL, M.C.; Finlayson B.L; McMahon, T.A. 2007. Updated world map of the Koppen-Geiger climate classification. Hydrol. Earth Syst. Sci., V.11: 1633–1644.

PORTO SEGURO. 2014. Plano Municipal de Conservação

e Recuperação da Mata Atlântica de Porto Seguro – Bahia 2ª Edição. Porto Seguro.

REIMÃO, Iracema Silva. 2008. Subsídios para a Gestão Ambiental das Praias da Costa do Descobrimento, Litoral Sul do Estado da Bahia, Brasil

Revista de Gestão Costeira Integrada - Journal of Integrated Coastal Zone Management, vol. 8, n. 2: 47- 60. Associação Portuguesa dos Recursos Hídricos Lisboa, Portugal.

SPÖRL, C.; ROSS, J.L.S. 2004. Análise comparativa da fragilidade ambiental com

aplicação de três modelos. GEOUSP - Espaço e Tempo, São Paulo, n 15: 39-49.

SANTOS, C. S.; SILVA, J. L. C. 2004. Os impactos do plantio de eucalipto e da produção de celulose em comunidades tradicionais no extremo sul baiano. Disponível em < http://www.anppas.org.br/encontro_anual/encontro2/GT/GT17/gt17_jose_caetano.pdf> Acesso em: 10 nov. 2016.

SANTOS, C. Z.; SCHIAVETTI, A.. 2014. Spatial analysis of Protected Areas of the coastal/marine environment of Brazil. Journal for Nature Conservation (Print), v. 22: 1-10.

SANTOS, N. G.; FRANCO, G. B.; MARQUES, E. A. G.; GOMES, R. L.; CHAGAS, C. S. 2014. Proposta de zoneamento geoambiental para bacia hidrográfica do rio Almada – Bahia. Revista de Geografia, v. 31, n. 2: 206-216.

SETTE, D. 2013. Diagnostico Meio Biótico. In: Plano Municipal de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica de Porto Seguro. Porto Seguro.

SOUZA, C. M. P.; FRANCO, G. B.; GOMES, R. L.; MARQUES, E. A. G.; CHAGAS, C. 2012. Zoneamento agroecológico da bacia hidrográfica do rio Almada (Bahia) com uso de sistema de informação geográfica. Espaço & Geografia, v. 15, n. 1: 207-227.

TAGLIANI, Carlos. 2003. Técnica para avaliação da vulnerabilidade ambiental de ambientes costeiros utilizando um sistema geográfico de informações. Anais XI SBSR, Belo Horizonte, Brasil, 05 - 10 abril 2003, INPE: 1657 – 1664.

TEIXEIRA, A. C. O. de; ALMEIDA, T. M. de; FERREIRA, E. S. 2006. Proposta para uma periodização da história da mesorregião Sul-Baiana. In: Seminário de Iniciação

Científica da UESC, 12. 2006, Ilhéus. Anais. Llhéus: 366-367.

TRICART, J. 1977. Ecodinâmica. Rio de Janeiro. IBGE. Diretoria técnica. SUPREN, 91 p.

USGS. United States Geological Survey. Shuttle Radar Topography Mission – Mission Summary. Disponível em: <https://lta.cr.usgs.gov/srtm/mission_summary> Acesso:10 fev. 2017.

VELAME, Fábio Macêdo. 2010. Kijemes: arquiteturas indígenas Pataxós da resistência ao espetáculo. Anais do VII ENECULT – Encontro de Estudos Multidisciplinares em Cultura. Salvador, UFBA. p. 1-15. Disponível em: <http://www.cult.ufba.br/wordpress/24254.pdf> Acesso:10 fev. 2017.

Downloads

Publicado

2018-12-28

Como Citar

COPPIETERS OLIVEIRA DE CARVALHO, R.; PIMENTA, F. de S.; SCHIAVETTI, A. Museu Aberto do Descobrimento (MADE) na Bahia, Brasil: geossistema e vulnerabilidade ambiental. Gaia Scientia, [S. l.], v. 12, n. 4, 2018. DOI: 10.22478/ufpb.1981-1268.2018v12n4.34093. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/gaia/article/view/34093. Acesso em: 22 dez. 2024.

Edição

Seção

Ciências Ambientais

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)