Práticas etnobiológicas para o desenvolvimento da competência intercultural na formação do professor de biologia

Authors

  • Geilsa Costa Santos Baptista Universidade Estaudal de Feira de Santana
  • Geane Machado Araujo Universidade Estadual de Feira de Santana

DOI:

https://doi.org/10.22478/ufpb.1981-1268.2018v12n2.37901

Abstract

Apresentamos e discutimos os resultados de uma pesquisa qualitativa baseada num estudo de caso envolvendo licenciandos em biologia de uma universidade pública do estado da Bahia, Brasil, que teve por objetivo identificar quais são as influências de experiências práticas envolvendo a etnobiologia aplicada ao ensino de ciências sobre a formação inicial do professor de biologia no que tange ao diálogo de saberes culturais. Após as suas vivências em atividades envolvendo a etnobiologia - de entrevistas semiestruturadas com feirantes, construção de recursos e sequências didáticas baseadas no diálogo intercultural a partir dos dados dessas entrevistas - solicitamos a construção de narrativas que revelassem as influências desta ciência nas suas formações como futuros professores. Análises sobre os dados obtidos permitiram a geração de categorias temáticas que nos permitiram a conclusão de que os licenciandos realizaram reflexões que lhes permitiram a construção de opiniões com significados que certamente influenciarão nas suas práticas pedagógicas para o diálogo intercultural.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biographies

Geilsa Costa Santos Baptista, Universidade Estaudal de Feira de Santana

Possui graduação em Licenciatura em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual de Feira de Santana (1995), Especialização em Saude Aplicada ao Ensino de Biologia pela Universidade Federal da Bahia (2000), Mestrado em Ensino, Filosofia e História das Ciências pela Universidade Federal da Bahia (2007) e Doutorado em Ensino, Filosofia e História das Ciências pela Universidade Federal da Bahia (2012). Participa como membro da Associação Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências (ABRAPEC) e do Laboratório de Ensino, Filosofia e História da Biologia (LEFHBio-UFBA). É professora Titular no Departamento de Educação da Universidade Estadual de Feira de Santana-BA e no Programa de Pós-Graduação em Ensino, Filosofia e História das Ciências (UFBA-UEFS). Coordena o Grupo de Investigações em Etnobiologia e Ensino de Ciências (GIEEC-UEFS) Tem experiência e trabalhos publicados na área de Ensino de Ciências e Formação de Professores de Ciências (Biologia). Atua na pesquisa principalmente nos seguintes temas: conhecimento tradicional, etnobiologia, educação científica e diversidade cultural, ensino e formação de professores de biologia.

Geane Machado Araujo, Universidade Estadual de Feira de Santana

Licencianda em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual de Feira de Santana. Membro do Grupo de Investigações em Etnobiologia e Ensino de Ciências.

References

ANDRÉ, M. 2013. O que é um estudo de caso qualitativo em educação? Revista da FAEEBA: Educação e Contemporaneidade, 22(40), 95-103.

BAPTISTA, G. C. S. 2007. A Contribuição da etnobiologia para o ensino e a aprendizagem de Ciências: estudo de caso em uma escola pública do Estado da Bahia. Dissertação de mestrado apresentada ao Programa de Pós-graduação em Ensino, Filosofia e História das Ciências, Salvador, Universidade Federal da Bahia - Universidade Estadual de Feira de Santana.

BAPTISTA, G. C. S. 2012. A etnobiologia e sua importância para a formação do professor de ciências sensível à diversidade cultural: indícios de mudanças das concepções de professoras de biologia do estado da Bahia. Tese de doutorado em Ensino, Filosofia e História das Ciências, Salvador, Universidade Federal da Bahia (UFBA) – Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS).

BAPTISTA, G. C. 2015. Um enfoque etnobiológico na formação do professor de ciências sensível à diversidade cultural: estudo de caso. Ciência & Educação, Bauru, 21(3), 585-603.

BAPTISTA, G. C. and EL-HANI, C. N. 2009. The contribution of ethnobiology to the construction of a dialogue between ways of knowing: A case study in a Brazilian public high school. Science & Education, 18(3-4), 503-520.

BARDIN, L. 1977. Análise de Conteúdo. Lisboa: Edições 70.

BERLIN, B. 1992. Ethnobiological classification: principles of categorization plants and animals in traditional societes. New Jersey: Princeton University Press.

BOHM, D. 2005. Diálogo: comunicação e redes de convivência. São Paulo: Palas Athena.

BRASIL. LDB - Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira. Brasília: Diário Oficial, ANO CXXXIV, Número 248, 1996.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: pluralidade cultural, orientação sexual. Brasília, DF: MEC/SEF, 1997.

BRASIL. Presidência da República. Lei n.o 10.639, Diário Oficial da União, Brasília, DF, 10 janeiro de 2003a, p. 01.

BRASIL. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Comissão Nacional de Ética em Pesquisa. Normas para pesquisa envolvendo seres humanos. 2a Edição, Brasília, 2003b.

BRASIL. Presidência da República. Lei no 11.645, Diário Oficial da União, Brasília, DF, 11 de março de 2008, página 1.

COSTA-NETO, E. M. 2011. A zooterapia popular no Estado da Bahia: registro de novas espécies animais utilizadas como recursos medicinais. Ciência & Saúde Coletiva, 16(1), 1639-165.

FREIRE, P. 1987. Pedagogia do Oprimido, 17ª. ed. Rio de Janeiro, Paz e Terra.

GOMES, N. L. 2003. Educação e Diversidade Étnicocultural. In: RAMOS, M. N.; ADÃO, J. M.; BARROS, G. M. N. (coordenadores). Diversidade na Educação: reflexões e experiências, 67-76. Brasília: Secretaria de Educação Média e Tecnológica/MEC.

LEE, O. 2001. Culture and language in science education: what do we know and what do we need to know? Journal of Research in Science Teaching, 38(5), 499-501.

LEITE, M. S. S. C. P. and ALMEIDA, M. J. B. M. 2001. Compreensão de termos científicos no discurso da ciência. Revista Brasileira de Ensino Física, 23(4), 458-470.

LOPES, A. R. C. 1999. Pluralismo cultural em políticas de currículo nacional. In: MOREIRA, A. F. B. (Org.) Currículo: políticas e práticas, 59-80. Campinas: Papirus.

MARTINS, H. T. de S. 2004. Metodologia qualitativa de pesquisa. Educação e Pesquisa, 30(2), 289-300.

MORTIMER, E. F.; CHAGAS, A. N. and ALVARENGA, V. T. 1998. Linguagem científica versus linguagem comum nas respostas escritas dos vestibulandos. Investigações em Ensino de Ciências, 3(1).

OCHOA, G.; McDONALD, S. and MONK, N. 2016. Embedding Cultural Literacy in Higher Education: a new approach. Intercultural Education, 27 (6), 546-559.

POSEY, D. A. 1997. Etnobiologia: teoria e prática. In: RIBEIRO, D. (ed.). Suma Etnológica Brasileira, 1-15. Edição atualizada do Handbook of South American Indians. 3a. Edição, v. 1, Petrópolis: Vozes/FINEP.

PRADO, H. M. 2012. O conhecimento de agricultores quilombolas sobre forrageio e uso de habitat por mamíferos de grande porte na Mata Atlântica: evidenciando a centralidade dos ambientes antropogênicos na constituição do etnoconhecimento (Vale do Ribeira, SP, Brasil). Tese de Doutorado, Instituto de Biociências, Universidade de São Paulo.

SILVA, S. M. P. da. (Eds.). 2002. Métodos de coleta e análise de dados em etnobiologia, etnoecologia e disciplinas correlatas. Rio Claro: UNESP/CNPq.

TOLEDO, V. M. (1990). La perspectiva etnoecologica: Cinco reflexiones acerca de las ciencias campesinas sobre la naturaleza con especial referencia a México. Ciencias, no especial 4, 22-29.

Published

2018-06-21

How to Cite

SANTOS BAPTISTA, G. C.; ARAUJO, G. M. Práticas etnobiológicas para o desenvolvimento da competência intercultural na formação do professor de biologia. Gaia Scientia, [S. l.], v. 12, n. 2, 2018. DOI: 10.22478/ufpb.1981-1268.2018v12n2.37901. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/gaia/article/view/37901. Acesso em: 22 nov. 2024.

Issue

Section

Ciências Ambientais