Variação da linha de costa e aspectos socioeconômicos da Praia Brava, Matinhos-PR
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.1981-1268.2018v12n2.41409Abstract
O presente trabalho analisa características dos aspectos físicos e socioeconômicos da Praia Brava de Matinhos, município do litoral do estado do Paraná, com intuito de fornecer um diagnóstico para análise do risco à erosão costeira nesta praia. A avaliação do risco considerou as variáveis renda e população, valor das edificações a beira mar e sua distância até a linha de costa atual, além das taxas de variação desta linha, medidas em m/ano a partir de uma série temporal compreendendo o período de 1951 a 2016. As variáveis foram elegidas no contexto em que o risco é a probabilidade de um desastre acontecer, em função da vulnerabilidade física natural do ambiente praial de condições socioeconômicas da população exposta ao perigo e do valor de suas habitações, considerando sua resiliência frente a ameaça da erosão. Neste sentido os resultados da pesquisa evidenciam uma correlação entre valores negativos de variação da linha de costa e a desvalorização imobiliária, próximos à linha de costa.
Downloads
References
Alcántara Carrió, J., Correa Arango, I.D., Isla De Medy, F.I., Alvarado, M. O., Klein, A.H.F., Cabrera Hernández, A., Sandoval, R. B. (Eds). 2009. Métodos En Teledetección Aplicada A La Prevención De Riesgos Naturales En El Litoral. Servicio De Publicaciones Del Programa Iberoamericano De Ciencia Y Tecnología Para El Desarrollo. Madrid, Espanha. 297 P.
Alves, F., Taveira Pinto, F., Ferreira, J. C. 1997. A Análise Da Vulnerabilidade E Do Risco Na Zona Costeira Como Contributo Para A Tomada De Decisão. III Congresso Da Geografia Portuguesa, Porto – Portugal. Edições Colibri, Lisboa 1999. 559-556 pp.
Alves, H. P. F. 2006. Vulnerabilidade socioambiental na metrópole paulistana: uma análise sociodemográfica das situações de sobreposição espacial de problemas e riscos sociais e ambientais. R. bras. Est. Pop. São Paulo. v23, n1. P.43-59.
Angulo, R. J. 1993. A ocupação urbana do litoral paranaense e as variações da linha de costa. Boletim Paranaense de Geociências, Curitiba, 41:73-81.
Angulo, R. J., Araújo, A.D., 1996. Classificação da Costa Paranaense com base na sua Dinâmica, como Subsídio à Ocupação da Orla Litorânea. Boletim Paranaense de Geociências. 44, 7–17.
Barman, N. B., Chatterjee, S., Khan, A., 2015. Trends of Shoreline Position: An Approach to Future Prediction for Balasore Shoreline, Odisha, India. Open Journal of Marine Science, v5, p.13-25.
Bernatcheza, P., Fraserb, C., Lefaivrec, D., Dugasb, S., 2011. Integrating anthropogenic factors, geomorphological indicators and local knowledge in the analysis of coastal flooding and erosion hazards. Ocean & Coastal Management. V. 54, Issue 8, 621–632 p.p.
Bigarella, J.J. 1991. Matinho: Homem e terra Reminiscências... Matinhos. Pref. Mun. Matinhos/ADEA. 212p.
Boak, E. H. & Turner, I. L., 2005. Shoreline definition and detection: A review. Journal of Coastal Research. 214:688-703..
Boateng, I., 2012. An application of GIS and coastal geomorphology for large scale assessment of coastal erosion and management: a case study of Ghana. Journal of Coastal Conservation Planning and Management V. 16 Issue 3. pp 383-397.
Braga, T. M., Oliveira, E. L. de, Givisiez, G. H. N., 2006. Avaliação de metodologias de mensuração de risco e vulnerabilidade social a desastres naturais associados à mudança climática. São Paulo em Perspectiva. Fund. SEADE. V20, n1, p81-95.
Cardona , O.D. 2004. The need for rethinking the concepts of vulnerability and risk from a holistic perspective: a necessary review and criticism for effective risk management. In: Bankoff , G.; Frerks, G.; Hilhorst, D. (Eds.). Mapping vulnerability: disasters, development, and people. London: Earthscan Publications, p. 37-51.
Castro, C. M. De, Peixoto, M. N. De O., Pires Do Rio, G. A., 2005. Riscos Ambientais E Geografia: Conceituações, Abordagens E Escalas. Anuário Do Instituto De Geociências – Ufrj Issn 0101-9759 Vol. 28-2. P. 11-30
Chaaban, F., Darwishe, H., Battiau-Queney,Y., Louche, B., Masson, E., El Khattabi, J., Carlier, E., 2012. Using ArcGIS® Modelbuilder and Aerial Photographs to Measure Coastline Retreat and Advance: North of France. Journal of Coastal Research: V 28, Issue 6: pp. 1567 – 1579.
Coelho, C. 2005. Riscos De Exposição De Frentes Urbanas Para Diferentes Intervenções De Defesa Costeira. Tese De Doutorado. Departamento De Engenharia Civil. Universidade De Aveiro. 404 p.
Cooper, J. A. G., Mclaughin, S. 1998. Contemporary Multidisciplinary Approches To Coastal Classification And Environmental Risks Analysis. Journal Of Coastal Research 14 (2): 512-524.
Cooper, J.A.G. McKenna, J. 2007. Social justice in coastal erosion management: The temporal and spatial dimensions. Geoforum - Elsiever. V 39. p 294–306.
Crowell, M., Leatherman, S. P., Buckley M. K., 1991. Historical Shoreline Change: Error Analysis And Mapping Accuracy. Journal of Coastal Research, V7, N3, p.839-852.
Cutter, S. L., 2011. A ciência da vulnerabilidade: modelos, métodos e indicadores. Revista Crítica de Ciências Sociais, ed especial Riscos, Vulnerabilidade Social e cidadania. v93 p59-69.
Dagnino, R. de S., Carpi Jr, S. 2007. Risco Ambiental: Conceitos e Aplicações. Climatologia e estudos da Paisagem. Rio Claro. V.2. p50.
Deschamps, M.V.; Kleinke, M. De L.U.; Moura, R.; Werneck, D.Z. 2000. Afinal, O Que Induz O Crescimento Nas Aglomerações Litorâneas? In: Anais do XII Encontro Abep. Caxambu. Abep.Cd.
Dias, J. A., Ferreira, Ó., Pereira, A. R.. 1994 . Estudo Sintético de Diagnóstico da Geomorfologia e da Dinâmica Sedimentar dos Troços Costeiros entre Espinho e Nazaré. Relatório Final Interno. Instituto da Conservação da Natureza, Lisboa. 137p.
GUERRA, A. T., GUERRA, A. J. T. 1997. Novo Dicionário Geológico-Geomorfológico. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil. 642 p.
Hoefel, F. G., 1998. Morfodinâmica De Praias Arenosas Oceânicas: Uma Revisão Bibliográfica. Universidade Do Vale Do Itajaí. 1ª Edição. Editora Da Univali. Itajaí, Sc. 92p.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Censo Demográfico 2010: Manual do Recenseador – CD 1.09. Rio de Janeiro: IBGE, 2010.
Leatherman, S. P. 1983. Historical and projected shoreline mapping. Proceedings of the Coastal Zone '83. San Diego, California, pp. 2902–2910.
Lins-de-Barros, F., M., 2010. Contribuição metodológica para análise local da vulnerabilidade costeira e riscos associados: estudo de caso da Região dos Lagos, Rio de Janeiro. Tese de Doutorado, Pós-Graduação em Geografia. UFRJ. 289p.
Marone, E., Castro Carneiro, J., Cintra, M., Ribeiro, A., Cardoso, D., Stellfeld, C., 2015. Extreme sea level events, coastal risks, and climate changes: informing the players. In: Wyss, M., Peppoloni, S. (Eds.), Geoethics: Ethical Challenges and Case Studies in Earth Science. Elsevier, Waltham, Massachusetts, pp. 273–302.
Mazzer A. M. 2007. Proposta Metodológica De Análise De Vulnerabilidade Da Orla Marítima À Erosão Costeira: Aplicação Na Costa Sudeste Da Ilha De Santa Catarina, Florianópolis-Sc, Brasil. Tese De Doutorado. Programa De Pós Graduação Em Geociências, Universidade Federal Do Rio Grande Do Sul, 169 p.
Mendes, J. M., Tavares, A. O., Cunha, L., Freiria, S., 2011. A vulnerabilidade social aos perigos naturais e tecnológicos em Portugal. Revista Crítica de Ciências Sociais. V.93, 95-128p.
Moore, J. L., Ruggiero, P., & List, J. H., 2006. Comparing Mean High Water and High Water Line Shorelines: Should Proxy-Datum Offsets be Incorporated into Shoreline Change Analysis? Journal of Coastal Research: V22, Issue 4: pp. 894 – 905.
Moura, R.; Werneck, D. K. 2000. Ocupação contínua litorânea do Paraná: uma leitura do espaço. Revista Paranaense de Desenvolvimento, Curitiba: IPARDES, n.99, p.61-82.
O’Riordan , T. 2002. Precautionary Principle. in: Tolba , M.K. (Ed.). Encyclodia of Global Environmental Change. Ed.John Wiley Chichester, UK. v. 4.
Pajak, M.J., & Leatherman, S., 2002. The high water line as shoreline indicator. Journal of Coastal Research, v18, n2, p. 329-337.
Reis, M. E. O. 2010. Evolução Da Linha De Costa E Defesa Das Zonas Costeira – Análise Custo/Benefício. Dissertação De Mestrado. Departamento De Engenharia Civil. Universidade De Aveiro, 105 P.
Rocha, C. P da; Araújo, T. C. M.; Mendonça, F. J. B., 2010. Monitoramento De Linha De Costa Usando Posicionamento 3d-Gps. III Simpósio Brasileiro de Ciências Geodésicas e Tecnologias da Geoinformação Recife - PE, 27-30 de Julho de 2010 p. 001 – 008.
Ruggiero, P., Kaminsky, G. M., Gelfenbaum, G., 2003. Linking Proxy-Based and Datum-Based Shorelines on a High-Energy Coastline: Implications for Shoreline Change Analyses. Journal of Coastal Research. Special Issue no. 38. Shoreline Mapping and Change Analysis: Technical Considerations and Management Implications. pp. 57-82.
Santos, T. G., Ventorini, S. E., 2017. Análise Multicritério: modelos de interesse ambiental e de áreas propícias à expansão urbana na bacia do córrego do Lenheiro. Caminhos da Geografia, Uberlândia, MG. V. 18. n.64, p60-77.
Soares, C. R. ; Borzone, C. A. ; Souza, J. R. B., 1996 . Variações morfológicas e sedimentológicas ao longo de um ciclo anual em uma praia no sul do Brasil. Oecologia Brasiliensis, Rio de Janeiro, v. III, p. 245-258.
Silva, R. C. A. F da. 2010. Avaliação experimental e Numérica de parâmentros associados a modelos de evolução da linha de costa. Tese de Doutorado, Faculdade de Engenharia, Universidade do Porto. Portugal. 544p.
Souza, W. F. de., 2016. Sensoriamento remoto e SIG aplicados à análise da evolução espaço-temporal da linha de costa do município de Icapuí, Ceará – Brasil. Dissertação de mestrado, Pós-graduação em Geografia, UFC. 135p.
Thieler, E.R., Himmelstoss, E.A., Zichichi, J.L., and Ergul, Ayhan, 2009, Digital Shoreline Analysis System (DSAS) version 4.0 - An ArcGIS extension for calculating shoreline change: U.S. Geological Survey Open-File Report 2008-1278.
Tominaga L. K., 2007. Avaliação de metodologias de análise de risco a escorregamentos: aplicação de um ensaio em Ubatuba, SP. Tese de Doutorado, Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, USP, 220p.
Varnes, D J., 1984. Landslide hazard zonation: a review of principles and practice. International Association of Engineering Geology. Commission on Landslides and Other Mass Movements on Slopes. United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization. Paris, France. 63p.
Wilches - Chaux, G., 1998. Auge, caída y levantada de Felipe Pinillo, mecánico y soldador o yo voy a correr el riesgo : Guía de La Red para la gestión local del riesgo. Red de Estudios Sociales en Prevención de Desastres en América Latina (La Red); 1998. 103 p.