Aspectos socioeconômicos, percepção ambiental e perspectivas das mulheres marisqueiras da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Ponta do Tubarão (Rio Grande do Norte, Brasil)
Resumo
Este estudo investigou os aspectos socioeconômicos e percepção ambiental das mulheres marisqueiras que subsistem da catação de mariscos (Anomalocardia brasiliana) nos manguezais de uma área protegida brasileira. Foram aplicados 16 questionários semi-estruturados e as atividades pesqueiras das marisqueiras foram acompanhadas e documentadas. A catação de mariscos é realizada predominantemente por mulheres com idade entre 12 e 60 anos que moram em condições precárias e desconhecem seus direitos trabalhistas. As marisqueiras passam de 1 a 6 horas no mangue durante 2 a 7 dias por semana. Os mariscos são capturados manualmente ou com auxílio de objetos como faca ou colher. A produção mensal de mariscos é, em média, 459,8kg, que é vendido nas comunidades da Reserva por cerca de R$ 3,53 o quilo resultando em uma renda mensal por marisqueira de cerca de R$ 108,00. As marisqueiras acreditam que atividades como corte de árvores, poluição por lixo, resto de vísceras de eixes e óleo de embarcações podem prejudicar o manguezal local. Os dados deste estudo aliados ao conhecimento ecológico das marisqueiras poderão subsidiar medidas de conservação, agregação de valor e beneficiamento do marisco e de melhoria da qualidade de vida e das condições de trabalho destas mulheres do mangue.Downloads
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Publicado
2007-03-20
Como Citar
DIAS, T. L. P.; ROSA, R. de S.; DAMASCENO, L. C. P. Aspectos socioeconômicos, percepção ambiental e perspectivas das mulheres marisqueiras da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Ponta do Tubarão (Rio Grande do Norte, Brasil). Gaia Scientia, [S. l.], v. 1, n. 1, 2007. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/gaia/article/view/2225. Acesso em: 24 nov. 2024.
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