MODIFICAÇÃO DE PENSAMENTOS E CRENÇAS DISFUNCIONAIS E TEORIAS PRAGMÁTICAS DA COMUNICAÇÃO

Autores

  • Andréia da Silva Bez Instituto Federal Catarinense
  • Fábio José Rauen Unisul

Resumo

Este artigo ilustra processos cognitivos de modificação de pensamentos e crenças disfuncionais a partir da teoria de conciliação de metas de Rauen (2013, 2014) e da teoria da relevância de Sperber e Wilson (1986, 1995). Conforme a terapia cognitiva, a interpretação das experiências do paciente altera-se à medida que ele aprende a avaliar seus pensamentos disfuncionais de forma mais realista. Para uma melhora duradoura no humor e no comportamento, estes aspectos devem ser trabalhados em um nível mais profundo de cognição: as crenças básicas que o paciente tem sobre si mesmo, seu mundo e as outras pessoas. Conforme a teoria da relevância, a relevância de um estímulo é maior quando, em igualdade de condições, maiores são os efeitos cognitivos e menores são os esforços para processá-lo. Um estímulo é relevante quando fortalece suposições existentes, contradiz/enfraquece suposições existentes, ou gera implicações contextuais em combinação com suposições existentes. Desta forma, uma intervenção terapêutica é relevante quando o terapeuta promove efeitos contextuais que alteram os pensamentos automáticos do paciente e, por decorrência, alteram suas crenças disfuncionais. Conforme a teoria de conciliação de metas, por fim, assume-se que alguns tipos de pensamentos automáticos são hipóteses abdutivas antefactuais categóricas do paciente, que estão relacionadas com as crenças disfuncionais que compõem o seu esquema cognitivo. Deste modo, argumenta-se neste estudo que o processo terapêutico visa a enfraquecer a conexão causal desses pensamentos automáticos em direção a níveis mais flexíveis, sejam eles bicondicionais, condicionais, habilitadores ou mesmo tautológicos.

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Publicado

2016-09-14

Como Citar

Bez, A. da S., & Rauen, F. J. (2016). MODIFICAÇÃO DE PENSAMENTOS E CRENÇAS DISFUNCIONAIS E TEORIAS PRAGMÁTICAS DA COMUNICAÇÃO. PROLÍNGUA, 11(1). Recuperado de https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/prolingua/article/view/30634

Edição

Seção

Artigos