NEGOCIANDO COM O TRAÇO: A ATUAÇÃO DOS CHARGISTAS NA IMPRENSA DE FORTALEZA DURANTE A DÉCADA DE 1980

Autores

  • Matilde de Lima Brilhante

Resumo

Busca-se, nesse texto, discutir as questões relacionadas à linguagem do humor gráfico (na vertente charge), num arcabouço teórico de uma história cultura do humor e das práticas cômicas, procurando pensar essa produção a partir de seus produtores e do seu lugar de produção. Ao destacar o caráter social e político da charge, visualiza-se a ideia do chargista enquanto sujeito que atua sobre a realidade, uma vez que ao se apropriarem de determinados acontecimentos, constroem e divulgam uma dada visão social de mundo. Sendo o riso uma manifestação inerente ao ser humano, vivenciado por meio de práticas culturais, é pertinente que esse fenômeno seja pensado em termos históricos. Ele não é uma expressão aleatória. Apesar de ser um prazer natural, não existe sem uma causa; é necessária uma prática, uma razão capaz de chamá-lo a vida. Ninguém ri porque decidiu manifestar o riso, mas porque se sentiu compelido a externar uma sensação que foi produzida mediante uma situação humorística. A charge, portanto, constitui um meio, e não um fim na produção de sentidos e significações dos acontecimentos diários. Nosso recorte temporal é a década de 1980, período de transição política, período em que nos permite visualizar as negociações [entre chargistas, editores e empresa jornalística] em torno dessa produção.

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Publicado

2012-12-31

Como Citar

BRILHANTE, M. de L. NEGOCIANDO COM O TRAÇO: A ATUAÇÃO DOS CHARGISTAS NA IMPRENSA DE FORTALEZA DURANTE A DÉCADA DE 1980. Saeculum, [S. l.], n. 27, 2012. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/srh/article/view/16445. Acesso em: 24 abr. 2024.