A opacidade nos bancos de dados digitais e a pesquisa histórica

Autores

  • Nelson de Paiva Bondioli Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho

DOI:

https://doi.org/10.22478/ufpb.2317-6725.2021v26n45.58641

Palavras-chave:

Bancos de Dados Digitais, História, Humanidades Digitais, Opacidade

Resumo

Considerando o papel fundamental da computação e da internet em praticamente todos os campos de nossa vida atual, em que mais do que nunca as noções de acessibilidade e disponibilidade de materiais, acervos e etc., tomam um papel central nas discussões no meio acadêmico, voltamos nosso olhar em direção às ferramentas digitais disponíveis aos historiadores e historiadoras, focando na discussão, pouquíssimo trabalhada no Brasil, acerca da constituição e utilização de Bancos de Dados Digitais para a pesquisa histórica. Neste sentido, O presente artigo visa discutir a problemática específica da “opacidade”, encontrada no próprio projeto de desenvolvimento de bancos de dados digitais, observando como ela influi de maneira silenciosa, porém determinante, nas possibilidades de pesquisa disponíveis aos usuários destes bancos. Para tanto, apresentamos no decorrer deste estudo uma discussão teórica inicial a respeito da constituição, desenvolvimento e utilização de bancos de dados digitais, para então apresentarmos exemplos reais dos mesmos, evidenciando os elementos ligados à opacidade.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Nelson de Paiva Bondioli, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho

Doutor em História (UNESP). Bolsista de pós-doutorado PNPD-CAPES do Programa de Pós-Graduação em História/UNESP. Tecnólogo em Banco de Dados (UNIFRAN). Graduando em Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas (UNINTER). Pesquisador do #Veredas_Digitais – Laboratório de Tecnologias e Humanidades – UNESP; Pesquisador do CPEP – Centro de Pesquisas e Estudos Plinianos

Referências

BERRY, David. Introduction: Understanding the Digital Humanities. In: BERRY, David (ed.). Understanding Digital Humanities. New York: Palgrave Macmillan, 2012, p. 1-20.

CAIUT, Fábio. Administração de Bancos de Dados. Rio de Janeiro: Escola Superior de Redes, 2015.

DARLACK, James Marion. Web Review: Perseus Digital Library. Theological Librarianship, v. 9, n. 1, p. 11-15, 2016.

EDELSTEIN, Dan et al. Historical Research in a Digital Age: Reflections from the Mapping the Republic of Letters Project. The American Historical Review, v. 122, n. 2, 2017, p. 400-424.

ELMASRI, Ramez; NAVATHE, Shamkant. Sistemas de Bancos de Dados. São Paulo: Pearson, 2011.

EVANS, Leighton; REES, Sian. An Interpretation of Digital Humanities. In: BERRY, David (ed.). Understanding Digital Humanities. New York: Palgrave Macmillan, 2012, p. 21-41.

FLORES, Mariana Flores da Cunha Thompson. Os bancos de dados, os arquivos digitais e o papel do historiador. Acervo, v. 28, n. 2, p. 240-251, 2015.

GIL, Tiago. Como se faz um banco de dados (em história). Porto Alegre: Ladeira Livros, 2015.

HAYLES, Katherine. How We Think: Transforming Power and Digital Technologies. In: BERRY, David (ed.). Understanding Digital Humanities. New York: Palgrave Macmillan, 2012, p. 42-66.

KIRESEN, Evelyn-Margaret; KLUGMAN, Simone. The use of Online Databases for Historical Research. RQ, v. 21, n. 4, p. 342-351, 1982.

LÉVY, Pierre. O que é o Virtual? Rio de Janeiro: Editora 34, 1996.

LUCENA, Ingrid Guimarães de. Papel, digitalização, conjuntos de dados ou a demolição dos exames censórios do Conservatório Dramático Brasileiro (1843-1864). 2020. 33 f. Trabalho de Conclusão de Graduação em História - Universidade de Brasília, Brasília, 2020.

MANOVICH, Lev. Database as Symbolic Form. In: VESNA, Victoria (ed.). Database Aesthetics. Minneapolis: University of Minnesota Press, 2007, p. 39-60.

MEDICI, Catherine. Mapping the Republic of Letters. Renaissance and Reformation / Renaissance et Réforme, v. 42, n. 4, p. 180-184, 2019.

RIEDER, Bernhard; RÖHLE, Theo. Digital Methods: Five Challenges. In: BERRY, David (ed). Understanding Digital Humanities. New York: Palgrave Macmillan, 2012, p. 67-84.

SMITH, Abby. Why Digitize? Washington: Council on Library and Information Resources, 1999.

SICHELERO, Guilherme Giotti. A construção do banco de dados na pesquisa histórica: análise de uma experiência. 2020. 86 f. Trabalho de Conclusão de Graduação em História – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2020.

SUEIRO, Nieves Pena; GARCÍA, Sandra Álvarez. El Catálogo y Biblioteca digital de relaciones de sucesos: bases de datos bibliográficas, textos e imágenes. Janus, Anexo 1, 2014, p. 335-345.

SUEIRO, Nieves Pena; PLACES, Ángeles Saavedra. Obsolescencia y resiliencia en Humanidades digitales El caso de la Biblioteca Digital de Relaciones de Sucesos. Artnodes, n. 23, p. 79-88, 2019.

TEOREY, Toby et al. Projeto e Modelagem de Bancos de Dados. São Paulo: Elsevier, 2014.

THALLER, Manfred. A Draft Proposal for a Standard for the Coding of Machine Readable Sources. Historical Social Research / Historische Sozialforschung, n. 40, p. 3-46, 1986.

VITALE, Valeria. Transparent, Multivocal, Cross-disciplinary: The Use of Linked Open Data and a Community-developed RDF Ontology to Document and Enrich 3D Visualisation for Cultural Heritage. In: BODARD, Gabriel; ROMANELLO, Mateo (eds.). Digital Classics Outside the Echo-Chamber: Teaching, Knowledge Exchange & Public Engagement. London: Ubiquity Press, 2016.

Downloads

Publicado

2021-12-29

Como Citar

BONDIOLI, N. de P. A opacidade nos bancos de dados digitais e a pesquisa histórica. Saeculum, [S. l.], v. 26, n. 45 (jul./dez.), p. 125–139, 2021. DOI: 10.22478/ufpb.2317-6725.2021v26n45.58641. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/srh/article/view/58641. Acesso em: 29 mar. 2024.