Tracking whereabouts

urban geographies of slave runaway in the nineteenth-century Rio de Janeiro

Authors

DOI:

https://doi.org/10.22478/ufpb.2317-6725.2023v28n48.64378

Keywords:

Slave runaway, historical GIS, Advertisements in periodicals, Rio de Janeiro

Abstract

The factuality of any property relationship assumes the knowledge of the whereabouts of the possessed by the possessor, since no one can enjoy the useful domain of something whose location is unknown. This is especially important in the case of ownership of other human beings, as their symbolic capacity facilitates the imagination of alternative social and spatial realities. For the enslaved in 19th century Brazil, one of the ways to challenge and, ultimately, break with their social condition was to deprive their master of the knowledge of their whereabouts. In the largest cities, this could be achieved not only through long-distance runaways, but also through camouflage in the urban crowd itself, which made it difficult to discern between free, freed and enslaved blacks. In this article, we analysed these intraurban geographies in Rio de Janeiro through the runaways advertised in Jornal do Commercio in the years 1830, 1840 and 1850. Using computerized spatial analysis techniques, we study the locational pattern of advertisers (their residences) and runaways (place of disappearance and last sighting), using urban parishes as a mapping grid. In addition to the importance of the port as the main attraction for runaways, what emerges from this analysis is the centrality of Jornal do Commercio newsroom in the dynamics of socio-spatial production of advertisements. Dependent on human messengers (many of them probably enslaved) and their travels through the city, this “lost-and-found” was a fundamental part of the social control system of slave life.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biography

Mylena Porto da Gama, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Mylena Porto da Gama é doutoranda no Programa de Pós-Graduação em História Social da Universidade Federal do Rio de Janeiro (PPGHIS-UFRJ).

References

AMANTINO, Marcia. O mundo do fugitivo: Rio de Janeiro – século XIX. Dissertação (Mestrado em História Social). Rio de Janeiro: Universidade Federal do Rio de Janeiro, 1996.

AMANTINO, Marcia e FLORENTINO, Manolo. Fugas, quilombos e fujões nas Américas (séculos XVI – XIX). Análise Social, Lisboa, 203 XLVII (2º), p. 236-267, 2012.

FERREIRA, Fernanda Cristina Puchinelli. Anunciando os escravos fugitivos: a imprensa carioca à serviço da escravidão (1831-1850). Dissertação (Mestrado em História). São João del-Rei: Universidade Federal de São João del Rei, 2022.

FLORENTINO, Manolo. Em costas negras. Uma história do tráfico de escravos entre a África e o Rio de Janeiro (séculos XVIII e XIX). São Paulo: Editora Unesp, 2014.

FLORENTINO, Manolo. De escravos, forros e fujões no Rio de Janeiro Imperial. Revista USP, São Paulo, n. 58, p. 104-115, 2003.

FREYRE, Gilberto. Os escravos nos anúncios de jornais brasileiros do século XIX: tentativa de interpretação antropológica, através de anúncios de jornais brasileiros do século XIX, de característicos de personalidade e de formas de corpo de negros ou mestiços, fugidos ou expostos à venda, como escravos, no Brasil do século passado. São Paulo: Global, 2010.

KARASCH, Mary C. Slave Life in Rio de Janerio (1808-1850). Princeton: Princeton University Press, 1987.

LOBO, Eulália Maria Lahmeyer. História do Rio de Janeiro (Do capital comercial ao capital industrial e financeiro). Rio de Janeiro: IBMEC, 1978.

MAMIGONIAN, Beatriz G. Africanos livres: a abolição do tráfico de escravos no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 2017.

MANTUANO, Thiago Vinícius; HONORATO, Cezar. A economia da região portuária do Rio de Janeiro. Paris: Nuevo Mundo, Mundos Nuevos [Online], Colóquios, 2016.

READ, Ian; ZIMMERMAN, Kari. Freedom for Too Few: Slave Runaways in the Brazilian Empire. Journal of Social History, Oxford, vol. 48, n. 2, p. 404-426, 2014.

SOARES, Luiz Carlos. Os escravos de ganho no Rio de Janeiro do século XIX. Revista Brasileira de História, São Paulo, vol. 8, n.16, p. 107-142, 1988.

SOARES, Carlos Eugênio Líbano Soares. Uma porta para o mundo atlântico: africanos na freguesia da Candelária da cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, século XVIII. Revista do Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, n. 9, p. 49-62, 2015.

SANTOS, Marco Aurélio. Geografia da escravidão na crise do Império: Bananal, 1850-1888. Tese (Doutorado em História Social). São Paulo: Universidade de São Paulo, 2015.

SANTOS, Noronha. As freguesias do Rio antigo. Rio de Janeiro: O Cruzeiro, 1965.

VALENCIA VILLA, Carlos; FLORENTINO, Manolo. Abolicionismo inglês e tráfico de crianças escravizadas para o Brasil, 1810-1850. História. São Paulo, vol. 35, p. 01-20, 2016.

VILLA, Carlos Eduardo Valencia. A economia dos negros livres no Rio de Janeiro e Richmond, 1840-1860. Tese (Doutorado em História Social). Niterói: Universidade Federal Fluminense, 2012.

VILLA, Carlos Eduardo Valencia. Georreferência de mapas históricos: os casos de Cartagena de Indias Colonial e do Rio de Janeiro Imperial. Locus, Juiz de Fora, vol. 21, n. 2, p. 517-546, 2015.

Published

2023-08-10

How to Cite

GAMA, M. P. da. Tracking whereabouts: urban geographies of slave runaway in the nineteenth-century Rio de Janeiro. Saeculum, [S. l.], v. 28, n. 48, p. 08–24, 2023. DOI: 10.22478/ufpb.2317-6725.2023v28n48.64378. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/srh/article/view/64378. Acesso em: 30 jun. 2024.