O fenômeno negacionista e suas representações na narrativa cinematográfica “Negação” (Denial – 2016)
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.2317-6725.2021v26n45.60197Palabras clave:
Holocausto, Negacionismo, Narrativa Historiográfica, Escrita da HistóriaResumen
Considerando os desafios inscritos em nosso tempo presente, que influenciam os fazeres historiográficos e os caminhos da pesquisa, produção e ensino do conhecimento histórico, nosso trabalho visa colocar em discussão alguns aspectos formais do fenômeno negacionista representados na trama da narrativa cinematográfica Negação (Denial, 2016). Em seu enredo, baseado numa história real, vemos os debates jurídicos travados entre a historiadora Deborah Lipstadt, que foi processada por David Irving, um notório negacionista da historicidade do Holocausto. Entre os aspectos formais que identificamos e analisamos, estão: I) a estrutura retórica da negação, II) o sentimento de ser um outsider e III) a dimensão de publicidade perseguida pelo negacionista. Para analisar os elementos e dimensões desse fenômeno, propomos um diálogo com autores tais como Jörn Rüsen, Eric Hobsbawm, Antoon De Baets e Michel de Pracontal. Os diversos elementos identificados no roteiro desse filme estimulam reflexões teóricas e metodológicas sobre o nosso ofício e ciência, estimulando, ainda, a possibilidade de discutir alguns ataques dos quais vários pesquisadores, em particular, e o conhecimento científico e acadêmico, em geral, têm sido alvo de maneira recorrente, dentro e fora da academia.
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Filme: Negação (Denial). Direção. Mick Jackson. Elenco. Rachel Wiesz, Tom Wilkinson, entre outros. Duração: 01h 50 min. Produção: EUA/Reino Unido. 2016.
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