O mundo vivido da família Taveira da Conceição nos sertões da Capitania do Rio Grande nos séculos XVIII e XIX
DOI :
https://doi.org/10.22478/ufpb.2317-6725.2023v28n49.65949Mots-clés :
Mestiçagem, Escravidão, Espaço, Lugar, Sertões do Rio GrandeRésumé
Este artigo pretende compreender através de uma análise interpretativa e qualitativa o mundo vivido de uma família de pardos, os Taveira da Conceição, que possuía relações com o universo da escravidão e que era produto das dinâmicas de mestiçagens ocorridas no contexto de ocidentalização das terras da América Portuguesa. Nessa perspectiva, o foco de nossa análise são as vivências de pessoas não brancas, especificamente de uma mulher não branca, Catarina de Jesus, cativa da família Taveira da Conceição, residente nos sertões da Capitania do Rio Grande, entre os séculos XVIII e XIX, e que conseguiu ascender socialmente ao longo da sua vida. Metodologicamente, fizemos uso do método onomástico da Carlo Ginzburg e Carlo Poni, bem como de um cruzamento de fontes paroquiais e judiciais. Por fim, nesse texto, buscamos também dialogar com os estudos do geógrafo inglês Edward Relph. Esse exercício de diálogo entre a História e a Geografia Humanista nos possibilitou compreender, através de um estudo de caso, como pessoas não brancas construíam suas experiências de lugar em um espaço concebido de forma desigual e marcado pela escravidão.
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Références
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