Verdade factual, mentira organizada e ditadura militar brasileira: alguns apontamentos a partir das reflexões de Hannah Arendt
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.2317-6725.2018v39n39.41106Palavras-chave:
Ditadura militar, Verdade política, Hannah ArendtResumo
Tomando como base a discussão feita por Hannah Arendt em seu ensaio “Verdade e Política”, publicado em seu livro Entre o Passado e o Futuro, este artigo discute noções como verdade factual e mentira organizada para pensar a busca pela verdade relativa à ditadura militar implantada no Brasil com o golpe de 1964, bem como as representações construídas pela ditadura e ainda hoje sustentadas por segmentos de direita simpatizantes desse regime. Disputas de memória, mortos e desaparecidos políticos e Comissão Nacional da Verdade são alguns tópicos a partir dos quais busca-se uma problematização na tentativa de compreender qual seria a natureza dessa verdade em relação à ditadura e de que maneira este debate aconteceu em alguns momentos da história recente do país, inclusive em contexto mais atual. Busca-se também compreender como essa busca mobiliza debates historiográficos e como os historiadores podem ou não contribuir com comissões da verdade ou participar como testemunhas não oculares em julgamentos de violadores dos direitos humanos. A partir dessas questões, procura-se compreender a natureza da verdade que compõe a tríade “memória, verdade e justiça” como elementos constitutivos de um processo de Justiça de Transição.Downloads
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Publicado
2018-12-17
Como Citar
TEÓFILO, J. Verdade factual, mentira organizada e ditadura militar brasileira: alguns apontamentos a partir das reflexões de Hannah Arendt. Sæculum - Revista de História, [S. l.], n. 39 (jul./dez.), p. 219–232, 2018. DOI: 10.22478/ufpb.2317-6725.2018v39n39.41106. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/srh/article/view/41106. Acesso em: 22 dez. 2024.
Edição
Seção
Dossiê: As ditaduras militares no Brasil e no Cone Sul: História, Historiografia e Memória