PRIMEIRAS APROXIMAÇÕES TEÓRICAS DO ATOR-REDE NA ARQUIVOLOGIA
DOI :
https://doi.org/10.22478/ufpb.2318-6186.2017v5n1.35861Mots-clés :
Teoria Ator-Rede. Arquivologia. ArquivosRésumé
No espaço arquivístico estamos envoltos de não humanos em um ambiente híbrido de objetos/coisas, sendo assim, uma questão cada vez mais importante é a de como entendemos e trabalhamos com os objetos/coisas cotidianos à nossa volta, pois reconhecemos que esses ocupam fisicamente e compartilham socialmente nossas vidas. O propósito do presente artigo é delinear uma perspectiva sobre a ontologia dos objetos a partir da Teoria Ator-Rede (ANT) inserida na área da Arquivologia. Trata-se, portanto, de um ensaio teórico que faz parte de uma pesquisa maior que representa uma crítica à visão antropocêntrica de mundo e dialoga com a ANT, principalmente quando o novo pensamento pós-humanista passa a incorporar atores não humanos como elementos essenciais para a compreensão do social. Pensar uma teoria que observa a ação do ser humano no objeto/coisa, e que, esse objeto/coisa também age no humano, imprimindo a mesma função, o mesmo encargo no momento da ação, parece bastante oportuno nos estudos atuais em Arquivologia. A ANT contribuiu de forma atraente no mapeamento das redes que articulam humanos e não humanos nos arquivos, oxigenando de forma bastante audaciosa as pesquisas arquivísticas, ocasionando insights interessantes para os estudos dessa área. Nessa perpectiva as ideias da ANT na arquivologia podem ajudar a abrir novas oncepções, pelas quais o fazer arquivístico é realizado, pois esse abrange formas diferente, em diferentes redes, e com efeitos diferentes. Ademais, é mais uma possibilidade, de como construir uma metodologia que permita apreender e a observar a participação de humanos e não humanos em seus contextos de atuação.
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