O mundo proseado: encontros com Merleau-Ponty, Guimarães Rosa e Christopher Bollas
DOI:
https://doi.org/10.18012/arf.v11iEspecial.70850Palavras-chave:
Mundo, Prosa, Linguagem, Expressividade, Merleau-PontyResumo
Nossa intenção é problematizar o uso da linguagem no contexto em que se recorre a prosa para dizer o mundo em que vivemos. O mundo é o lugar em que instauramos nossa morada comum no seio linguagem. Para fazer o percurso de nossas elaborações, caminhamos com Merleau-Ponty, Guimarães Rosa e Christopher Bollas. Filosofia, Literatura e Psicanálise são convocadas para pensar que toda reflexão carrega consigo uma dimensão existencial irredutível, que precede toda forma de pensamento. O caráter originário do mundo percebido é posto em foco para mostrar como a linguagem tem um aspecto de ser instituída pelo seu uso. Logo, não se concebe a linguagem sem considerar sua expressividade. Toda fala carrega consigo, de maneira originária, a gestualidade do corpo. O movimento de prosear o mundo nasce do poder expressivo da linguagem. Nosso texto revela como os três autores considerados apresentam a linguagem se instituindo como a emergência de sentido.
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Referências
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