ESPAÇO DOS VIVOS – LUGAR DOS MORTOS: a dinâmica de (des) identificação com os espaços destinados aos vivos e aos mortos na nova cidade de Jaguaribara, Ceará

Autores

  • Marcelo Freire Moro UFC
  • Sueli Alves da Silva Lima Seminário teológico de Fortaleza
  • Alícia Ferreira Gonçalves UFPB

Resumo

O lugar não existe por si mesmo. Sua identidade só surge na medida em que as pessoas se relacionam com o espaço e passam a construir vínculos afetivos e simbólicos com o ambiente que as rodeia. Os lugares destinados ao descanso dos mortos são especialmente cheios de simbolismo e possuem um papel importante para as sociedades humanas desde a pré-história. No estado do Ceará, a cidade de Jaguaribara e o seu cemitério foram inundados para a construção de um grande açude. O governo do Estado construiu uma cidade nova e um novo cemitério para realocar os vivos e os mortos. A partir do conhecimento prévio de que havia uma grande des-identificação das pessoas com a nova cidade de Jaguaribara, este trabalho buscou entender a relação da população com o novo cemitério e como a relação das pessoas com os mortos foi (ou não) alterada pela perda do antigo lugar cemitério e a construção do novo.

Palavras-chave: Jaguaribara; Etnografia; Cemitério; Identificação; Lugar-Espaço.

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Publicado

2019-07-24