Padrões de Espinescência de Pilosocereus catingicola (Gürke) Byles & Rowley subsp. salvadorensis (Werderm.) Zappi (Cactaceae) in Natura e sob Cultivo
Resumo
O uso de espécimes cultivados em estudos taxonômicos sobre os representantes de Cactaceae é relativamente comum, inclusive para a designação de tipos morfológicos. No entanto, alguns estudos têm mostrado que cactos podem apresentar padrões de espinescência consideravelmente diferentes sob cultivo. Este artigo descreve um estudo de caso com Pilosocereus catingicola (Gürke) Byles & Rowley subsp. salvadorensis (Werderm.) Zappi, um cacto conhecido popularmente como facheiro-da-praia. Dois traços dos espinhos (comprimento do maior espinho e número de espinhos por aréola) foram comparados entre espécimes cultivados e silvestres (herborizados) – todos provenientes do Herbário Prisco Bezerra (EAC). Comparou-se ainda os dois traços de uma mesma planta, em seu ambiente natural e alguns meses após transplantá-la para um vaso. Observou-se uma grande variabilidade em ambos os traços (especialmente em espécimes silvestres), bem como uma correlação negativa entre eles. O padrão morfológico dos espinhos foi consideravelmente diferente sob cultivo, inclusive com a inversão do padrão de correlação. Quando comparados aos espécimes silvestres, os cultivados apresentaram espinhos mais curtos e um menor número de espinho por aréola. A comparação entre os traços de um mesmo indivíduo antes e após seu transplante para um vaso mostraram redução de ambos os traços após o transplante. Apesar de mais estudos serem necessários para compreender completamente a influência de variáveis ambientais nas características dos espinhos de Cactaceae, o uso deespécimes cultivados como padrão morfológico deve ser feito com cautela.Downloads
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Publicado
2015-04-28
Como Citar
MENEZES, M. O.; LOIOLA, M. I. B. Padrões de Espinescência de Pilosocereus catingicola (Gürke) Byles & Rowley subsp. salvadorensis (Werderm.) Zappi (Cactaceae) in Natura e sob Cultivo. Gaia Scientia, [S. l.], v. 9, n. 2, 2015. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/gaia/article/view/24073. Acesso em: 19 dez. 2024.
Edição
Seção
Ciências Ambientais