Diversidade de elementos na estrutura verde urbana. Reflexão sobre a cidade de Bragança (Portugal)

Autores

  • Gonçalves A
  • Carvalho A.M

Palavras-chave:

xxxxxxx

Resumo

O presente artigo apresenta resultados de um estudo conduzido na cidade portuguesa de Bragança, procurando descrever a complexidade dos espaços verdes urbanos pela definição de um modelo de catalogação, assente num conjunto de nove tipologias de base e suas subdivisões e pela análise complementar de outros atributos desses espaços, incluindo a presença de vegetação, a acessibilidade, a posse e a relação com o modelo de ordenamento do território. O levantamento de dados teve por base a fotointerpretação de imagens aéreas e a validação de dados no terreno. Os resultados da análise desenvolvida demonstram a diversidade existente no âmbito dos espaços verdes urbanos, como resultado de processos de transformação local. Os espaços expectantes, sem uso definido, assumiam grande relevância como resultado do desajuste entre o processo de urbanização e a transformação para usos compatíveis, apresentando estes espaços um caracter desestruturado para o desenvolvimento da maioria das funções atribuíveis a espaços verdes urbanos. Os espaços agrícolas prevaleciam ainda como espaços com uma ampla expressão espacial, facto revelador da manutenção destas práticas na envolvente do rio local, com benefícios para a manutenção de processos biofísicos e sustentabilidade local, pese embora as limitações ao usufruto directo pela maioria da população. Entre os espaços mais formais, persistiam os espaços residenciais e ligados a equipamentos com um elevado potencial de uso público, contrariados na maior parte dos casos pela inexistência condições propícias ao uso, pelo seu acesso limitado ou condicionado. Os espaços verdes públicos, assentes em modelos de intervenção antrópica, surgiam com menor expressão no espaço urbano, oferecendo condições propícias para o uso colectivo. Neste artigo, são ainda apresentadas alguns factores que deverão ser considerados na consolidação de uma oferta de espaços verdes de qualidade

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Abraham, A., Sommerhalder, K., & Abel, T. (2010). Landscape and well-being: a scoping study on the health-promoting impact of outdoor environments. International Journal of Public Health, 55(1), 59-69. doi: 10.1007/s00038-009-0069-z

Benedict, M. A., & McMahon, E. T. (2002). Green infrastructure: smart conservation for the 21st century. Renewable Resources Journal, 20(3), 12-17.

Benedict, M. A., & McMahon, E. T. (2006). Green infrastructure: linking landscapes and communities: Island Press.

Booth, D. B., & Bledsoe, B. P. (2009). Streams and Urbanization. In L. A. Baker (Ed.), The Water Environment of Cities (pp. 93-123): Springer Science+BusinessMedia.

Bowler, D. E., Buyung-Ali, L., Knight, T. M., & Pullin, A. S. (2010). Urban greening to cool towns and cities: A systematic review of the empirical evidence. Landscape and Urban Planning, 97(3), 147-155. doi: 10.1016/j.landurbplan.2010.05.006

Brito, A. F. (2004). Conceptos relacionados con los espacios vacantes en laciurlad. Revista Geocalli, 5(11), 8.

CCW, & UM. (2006). Providing Accessible Natural Greenspace in Towns and Cities- Final Draft: Countryside Council for Wales.

Coombes, E., Jones, A. P., & Hillsdon, M. (2010). The relationship of physical activity and overweight to objectively measured green space accessibility and use. Social Science & Medicine, 70(6), 816-822. doi: 10.1016/j.socscimed.2009.11.020

De Zeeuw, H., Van Veenhuizen, R., & Dubbeling, M. (2011). The role of urban agriculture in building resilient cities in developing countries. The Journal of Agricultural Science, 1(1), 1-11.

Deelstra, T., & Girardet, H. (2000). Urban agriculture and sustainable cities. Growing Cities, Growing Food, Deutsche Stiftung für Entwicklung, Feldafing, pp43–65.

Dempsey, N., Bramley, G., Power, S., & Brown, C. (2011). The social dimension of sustainable development: Defining urban social sustainability. Sustainable Development, 19(5), 289-300. doi: 10.1002/sd.417

Fang, C.-F., & Ling, D.-L. (2003). Investigation of the noise reduction provided by tree belts. Landscape and Urban Planning, 63(4), 187-195. doi: 10.1016/s0169-2046(02)00190-1

Geddes, P., & Association, O. T. (1949). Cities in evolution (Vol. 27): Williams & Norgate London.

Girling, C., & Kellett, R. (2005). Skinny Streets and Green Neighborhoods: design for environment: Island Press.

Gonçalves, A. (2013). El valor funcional de la estructura verde urbana. Aportación desde el estudio de los espacios verdes de la ciudad de Bragança (Portugal). (Tese de Doutoramento), Universidad Politécnica de Madrid, Madrid.

Harnik, P. (2010). Urban Green. Innovative Parks for Resurgent Cities: Island Press.

Hough, M. (1998). Naturaleza y Ciudad. Barcelona: Gustavo Gili.

Khan, F. I., & Abbasi, S. A. (2000). Attenuation of Gaseous Pollutants by Greenbelts. Environmental Monitoring and Assessment, 64(2), 457-475. doi: 10.1023/a:1006278000352

Li, W., Wang, F., & Bell, S. (2007). Simulating the sheltering effects of windbreaks in urban outdoor open space. Journal of Wind Engineering and Industrial Aerodynamics, 95(7), 533-549. doi: 10.1016/j.jweia.2006.11.001

Mochida, A., Yoshino, H., Miyauchi, S., & Mitamura, T. (2006). Total analysis of cooling effects of cross-ventilation affected by microclimate around a building. Solar energy, 80(4), 371-382.

Nowak, D. J. (1994). Air Pollution Removal by Chicago’s Urban Forest. In E. G. McPherson, D. J. Nowak & R. A. Rowntree (Eds.), Chicago’s Urban Forest Ecosystem: Results of the Chicago Urban Forest Climate Project (pp. 63-81): .S. Department of Agriculture, Forest Service, Northeastern Forest. Experiment Station.

Nowak, D. J., Crane, D. E., & Stevens, J. C. (2006). Air pollution removal by urban trees and shrubs in the United States. Urban Forestry & Urban Greening, 4(3-4), 115-123. doi: 10.1016/j.ufug.2006.01.007

Olgyay, V. (1998 [1963]). Arquitectura y Clima - Manual de Diseño Bioclimático para Arquitectos. Barcelona: Editorial Gustavo Gili.

Palomo, P. J. S. (2003). La Planificación Verde en las Ciudades. Barcelona: Editorial Gustavo Gili.

Plural. (2008). 1ª revisão do PDM de Bragança - Volume 1 - História e Património: Câmara Municipal de Bragança.

Raimbault, M., & Dubois, D. (2005). Urban soundscapes: Experiences and knowledge. Cities, 22(5), 339-350. doi: 10.1016/j.cities.2005.05.003

Randrup, T. B., Konijnendijk, C., Dobbertin, M. K., & Prüller, R. (2005). The Concept of Urban Forestry in Europe Urban Forests and Trees (pp. 9-21): Springer.

Salgueiro, T. B. (1999). A cidade em Portugal. Lisboa: Edições Afrontamento.

Shanahan, P. (2009). Groundwater in the Urban Environment. In L. A. Baker (Ed.), The Water Environment of Cities (pp. 29-48): Springer Science+BusinessMedia.

Toy, S., & Yilmaz, S. (2010). Thermal sensation of people performing recreational activities in shadowy environment: a case study from Turkey. Theoretical and Applied Climatology, 101(3), 329-343. doi: 10.1007/s00704-009-0220-z

Troy, A., & Grove, J. M. (2008). Property values, parks, and crime: A hedonic analysis in Baltimore, MD. Landscape and Urban Planning, 87(3), 233-245. doi: 10.1016/j.landurbplan.2008.06.005

UN. (2012). World urbanization prospects: the 2011 revision. [Acedido en 2 de Junho de 2012].http://esa.un.org/unup/. : UN.

UN. (2014). World urbanization prospects: the 2014 revision.

[Acedido en 16 de Julho de 2015].http://esa.un.org/unup/. : UN.

Werner, P., & Zahner, R. (2010). Urban Patterns and Biological Diversity: A Review. In N. Müller, P. Werner & J. G. Kelcey (Eds.), Urban Biodiversity and Design (pp. 145-173): Wiley-Blackwell.

Downloads

Publicado

2016-12-20

Como Citar

A, G.; A.M, C. Diversidade de elementos na estrutura verde urbana. Reflexão sobre a cidade de Bragança (Portugal). Gaia Scientia, [S. l.], v. 10, n. 2, 2016. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/gaia/article/view/33205. Acesso em: 26 abr. 2024.

Edição

Seção

Ciências Ambientais