Descarga sólida em suspensão em uma bacia hidrográfica com a predominância de pastagem

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22478/ufpb.1981-1268.2019v13n3.45307

Resumo

A perda de aproximadamente dez hectares de terras produtivas a cada ano no mundo em decorrência da erosão do solo é um relevante problema ambiental e socioeconômico. Diante disso, este estudo objetivou avaliar a descarga de sedimentos (Qs) na bacia hidrográfica do rio Catolé Grande, Bahia, relacionando-a com a descarga líquida (Q) e turbidez. Foram realizadas 34 coletas durante o ano de 2015 em uma seção de controle situada no município de Itapetinga. As análises das variáveis seguiram o que preconiza a APHA e a relação entre elas foi avaliada utilizando os coeficientes de determinação (R²) e raiz quadrada do erro médio (RMSE). A perda máxima de solo encontrada foi de 83,59 Ton.dia-1 no mês de julho e o modelo que melhor explicou Qs em função da Q no período de estudo foi o potencial, com valores de R² e RMSE de 0,911 e 4,824, respectivamente. Observou-se também o aumento da Qs em função do acréscimo da precipitação total nos sete dias antecedentes às coletas, o que pode estar relacionado ao uso predominantemente de pastagem na bacia. Não foi observado uma correlação significativa entre a turbidez e a Qs na faixa de vazão deste estudo.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Alvarenga MIN, Souza JA. (1995). Atributos do solo e impacto ambiental, UFLA: FAEPE, n 205. Brasil: Lavras. 1997p.

Amorim J da S. Produção de água na Bacia Hidrográfica do Rio Catolé Grande utilizando o modelo hidrológico SWAT. / Jhones da Silva Amorim. – Itapetinga-BA: Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, 2016.

APHA- Standard Methods For The Examination Of Water And Wastewater. (2012). 22nd Ed.: American Public Health Association, American Water Works Association, WaterEnvironment Federation. Washington.

Barreto LV, de Souza Fraga, M, Barros FM, Rocha FA, da Silva Amorim J, de Carvalho, SR., ... e da Silva, DP. (2014). Relação entre vazão e qualidade da água em uma seção de rio/Relationshipbetweenstreamflow and waterquality in a riversection. Revista Ambiente & Água, 9(1), 118. DOI: <http://dx.doi.org/10.4136/ambi-agua.1278>.

Basso LA, Moreira LGR, &Pizzato F. (2011). A influência da precipitação na concentração e carga de sólidos em cursos d’água urbanos: o caso do arroio Dilúvio, Porto Alegre-RS. Geosul, 26(52), 145-163.

Bertoni J, Lombardi Neto F. (1999). Conservação do solo. 4. ed. São Paulo: Ícone. 355p.

BRASIL (Governo do), CONAMA. Resolução Nº 357, DE 17 DE MARÇO DE 2005. Dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes, e dá outras providências. 27 p.

Carvalho N de O. Hidrossedimentologia prática: Interciência. (2008). 2ª Ed., rev., atual. e ampliada. Rio de Janeiro.

Carvalho N de O. Hidrossedimentometria prática. (1994) Rio de Janeiro: CPRM - Eletrobras. 372 p.

Carvalho NO, Júnior NPF, dos Santos PMC. & Lima JEFW. Guia De Práticas Sedimentológicas. (2000). Agência Nacional de Energia Elétrica. Brasília.

CEMADEN (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais). Disponível em:<http://www.cemaden.gov.br/>. Acesso em 07 de Fevereiro de 2016.

CETESB (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental do estado de São Paulo). Guia nacional de coleta e preservação de amostras: água, sedimento, comunidades aquáticas e efluentes líquidos. (2011) Companhia Ambiental do Estado de São Paulo; Organizadores: Carlos Jesus Brandão [et al.]. São Paulo: CETESB; Brasília.

Da Rocha Junior PR, Andrade F V, de Sá Mendonça E, Donagemma G K, Fernandes RBA, Bhattharai R, &Kalita PK. (2017). Soil, water, and nutrientlossesfrom management alternatives for degradedpasture in BrazilianAtlanticRainforestbiome. Science of the Total Environment, 583, 53-63.

Da Rocha Junior PR, Donagemma GK, Andrade FV, Passos RR, Balieiro FDC, Mendonça EDS, & Ruiz HA. (2014). Cansoilorganiccarbon pools indicatethedegradationlevels of pastures in theAtlantic Forest biome. Embrapa Solos-Artigo em periódico indexado (ALICE).

Didoné, E. J. (2013). Erosão bruta e produção de sedimentos em bacia hidrográfica sob plantio direto no planalto do Rio Grande do Sul.

Do Vale Júnior JF, da Silva Barros L, de Sousa MIL, & Uchôa SCP. (2010). Erodibilidade e suscetibilidade à erosão dos solos de cerrado com plantio de Acaciamangium em Roraima. Revista Agro@mbiente On-line, 3(1), 1-8.

EMBRAPA (Empresa Brasileira De Pesquisa Agropecuária). Centro Nacional de Pesquisa de Solos. Sistema brasileiro de classificação de solos. 2.ed. Rio de Janeiro, 2006. 306p.

Haimann M, Liedermann M, Petra LALK, &Habersack H. (2014). Anintegratedsuspendedsedimenttransportmonitoring and analysisconcept. InternationalJournal of SedimentResearch, 29(2), 135-148.

Harrington ST, & Harrington JR. (2013). An assessment of thesuspendedsediment rating curve approach for loadestimationonthe Rivers Bandon and Owenabue, Ireland. Geomorphology, 185, 27-38.

INMET (Instituto Nacional de Meteorologia). Disponível em:<http://www.inmet.gov.br/portal/>. Acesso em 07 de Fevereiro de 2016.

Jemai I, Aissa NB, Guirat SB, Ben-Hammouda M, &Gallali, T. (2013). Impact of three and sevenyears of no-tillageonthesoilwaterstorage, in theplant root zone, under a drysubhumidTunisianclimate. Soil and tillageresearch, 126, 26-33.

Keesstra S, Pereira P, Novara A, Brevik EC, Azorin-Molina C, Parras-Alcántara L, ... &Cerdà, A. (2016). Effects of soil management techniquesonsoilwatererosion in apricotorchards. Science of the Total Environment, 551, 357-366.

KemerichPD, MartinsSR, Kobiyama M, Flores CEB, de Borba WF, FernandesGDÁ, ... &CherubinMR. (2014). Infiltração e escoamento superficial sob diferentes usos e ocupação em uma bacia hidrográfica. Anuário do Instituto de Geociências, 37(2), 75-88.

LAPIG (Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento. Instituto de Estudos Socioambientais (IESA) da Universidade Federal de Goiás (UFG)). Disponível em <http://maps.lapig.iesa.ufg.br/lapig.html>. Acesso em Dezembro de 2018.

Lima EM, & Pinto JESDS. (2011). Bacia do rio catolé, Bahia-Brasil: bases geoambientais e socioeconômicas para a gestão da água e do solo. Revista Geográfica de América Central, 2, 1-16.

Luíz AME, Pinto MLC, & de Oliveira Sheffer EW. (2012). Parâmetros de cor e turbidez como indicadores de impactos resultantes do uso do solo, na bacia hidrográfica do rio Taquaral, São Mateus do Sul-PR. Raega- O Espaço Geográfico em Análise, 24.

Macêdo MDNC, Dias HCT, Coelho FMG, Araújo EA, de Souza MLH, & Silva E. (2013). Precipitação pluviométrica e vazão da bacia hidrográfica do Riozinho do Rôla, Amazônia Ocidental/Rainfall and flow of the Riozinho do RôlaBasinon Western Amazon. Revista Ambiente & Água, 8(1), 206. DOI: <http://dx.doi.org/10.4136/ambi-agua.809>.

Matos, A.T. Qualidade do meio físico ambiental: práticas de laboratório. (2012). Viçosa, MG. Ed. UFV. 150p.

Merten GH, &Minella JP. (2013). The expansion of Brazilianagriculture: soilerosionscenarios. InternationalSoil and WaterConservationResearch, 1(3), 37-48.

Morais RCS. (2015). Estimativa De Produção E Trasporte De Sedimentos Na Bacia Hidrográfica Do Rio Parnaíba, Nordeste Do Brasil. REVISTA EQUADOR, 4(4), 81-97.

Navratil O, Esteves M, Legout C, Gratiot N, Nemery J, Willmore S, &Grangeon T. (2011). Global uncertaintyanalysis of suspendedsedimentmonitoringusingturbidimeter in a smallmountainousrivercatchment. Journal of Hydrology, 398(3-4), 246-259.

Nogueira PF, Cabral JBP, & Oliveira SF. (2012). Análise da concentração dos sólidos em suspensão, turbidez e tds nos principais afluentes do reservatório da UHE Barra dos Coqueiros-GO. Goiás: Revista Geonorte, 3(4), 485-494.

Oliveira Santos V, &Nishiyama L. (2016). Tendências Hidrológicas No Alto Curso Da Bacia Hidrográfica Do Rio Uberaba, Em Minas Gerais. Caminhos de Geografia, 17(58), 205-221.

Pinheiro EAR, Araújo JD, Fontenele SDB, & Lopes JWB. (2013). Calibração de turbidímetro e análise de confiabilidade das estimativas de sedimento suspenso em bacia semiárida. Water Res. Irrig. Manag, 2(2), 103-110.

Pruski FF, Silva DD da, Koetz M. Estudo de vazão em cursos d'água. (2006). Viçosa: AEAGRI (Série Caderno Didático nº 43), p. 151.

Santos QR, de Souza Fraga M, Uliana EM, dos Santos Reis A, & Barros FM. (2013). Monitoramento da qualidade da água em uma seção transversal do rio Catolé, Itapetinga-BA.Enciclopédia Biosfera, Centro Científico Conhecer - Goiânia, 9(16), 1503-1519p.

Sari V, Castro, NDR, &Kobiyama M. (2015). Estimativa da concentração de sedimentos suspensos com sensores ópticos: revisão. Revista Brasileira de Recursos Hídricos, 20(4), 816-836.

Sari V, Pereira MAF, Castro NMDR, &Kobiyama M. (2017). Efeitos do tamanho da partícula e da concentração de sedimentos suspensos sobre a turbidez. Engenharia sanitária e ambiental: órgão oficial de informação técnica da ABES.22 (2), p. 213-219.

Schmidt DM, & Mattos A. (2013). Dinâmica dos regimes de precipitação e vazão da bacia hidrográfica do alto Piranhas-Açu-PB. Sociedade e Território, 25(2), 67-77.

Shakesby RA, Bento CP, Ferreira CS, Ferreira AJ, Stoof CR, Urbanek E, &Walsh RP. (2015). Impacts of prescribedfireonsoilloss and soilquality: an assessment basedonanexperimentally-burnedcatchment in central Portugal. Catena, 128, 278-293.

Shi ZH, Fang NF, Wu FZ, Wang L, Yue BJ, & Wu GL. (2012). Soilerosion processes and sedimentsortingassociatedwithtransportmechanismsonsteepslopes. Journal of Hydrology, 454, 123-130.

Silva AM, & Alvares CA. (2007). Levantamento de informações e estruturação de um banco dados sobre a erodibilidade de classes de solos no estado de São Paulo. Geociências (São Paulo), 24(1), 33-41.

Silva AM, Silva MLN, Curi N, de Lima JM, Avanzi JC, & Ferreira MM. (2005). Perdas de solo, água, nutrientes e carbono orgânico em Cambissolo e Latossolo sob chuva natural. Pesquisa Agropecuária Brasileira, 40(12), 1223-1230.

Silva Jr VP, Montenegro AA, Silva TP, Guerra SM, & Santos ES. (2011). Produção de água e sedimentos em bacia representativa do semiárido pernambucano. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, 15(10), 1073-1082.

Sousa GB, Martins Filho MV, & Matias SS. (2012). Perdas de solo, matéria orgânica e nutrientes por erosão hídrica em uma vertente coberta com diferentes quantidades de palha de cana-de-açúcar em Guariba-SP. Engenharia Agrícola, 490-500. DOI: 10.1590/S0100-69162012000300008.

Souza MM, &Gastaldini MDCC. (2014). Avaliação da qualidade da água em bacias hidrográficas com diferentes impactos antrópicos. Engenharia Sanitária e Ambiental, 19(3), 263-274. DOI: 10.1590/S1413-41522014019000001097.

Sperandio HV, Cecílio RA, Campanaro W, CARO C, & HOLLANDA M. (2012). Avaliação da erosão hídrica pela alteração na superfície do solo em diferentes coberturas vegetais de uma sub-bacia hidrográfica no Município de Alegre, ES. Semina: Ciências Agrárias, 1411-1418.

Steegen A. et al. Sedimentexportbywaterfromanagriculturalcatchment in theLoamBelt of central Belgium. (2000). Geomorphology. 33, p. 25 36.

Uliana EM, Da Silva DD, Morgan Uliana E, Silveira Rodrigues B, & de Paula Corrêdo L. (2015). Análise de tendência em séries históricas de vazão e precipitação: uso de teste estatístico não paramétrico. Ambiente &Água-AnInterdisciplinaryJournal of Applied Science, 10(1).

Vestena LR. (2009). Análise da dinâmica hidrossedimentológica em uma bacia hidrográfica no sul do Brasil. Revista Sociedade & Natureza, 21(3). DOI: 10.1590/S1982-45132009000300014.

Vilanova MRN. (2014). Tendências hidrológicas na região do alto rio Mogi-Guaçu, sul de Minas Gerais. Revista Agrogeoambiental, 6(3).DOI: 10.18406/2316-1817v6n32014601.

Zhao G, Mu X, Wen Z, Wang F, & Gao P. (2013). Soilerosion, conservation, and eco‐environmentchanges in theLoessPlateau of China. Land Degradation&Development, 24(5), 499-510.

Downloads

Publicado

2019-12-27

Como Citar

BENTO, N. L.; AMORIM, J. da S.; BARROS, F. M.; DA SILVA, D. P. Descarga sólida em suspensão em uma bacia hidrográfica com a predominância de pastagem. Gaia Scientia, [S. l.], v. 13, n. 3, 2019. DOI: 10.22478/ufpb.1981-1268.2019v13n3.45307. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/gaia/article/view/45307. Acesso em: 28 mar. 2024.

Edição

Seção

Ciências Ambientais