Conhecimento local e pesca de maçunim (Anomalocardia flexuosa) no sistema estuarino-lagunar do Roteiro, Alagoas - Brasil

Autores

  • Leticia Salua Maraschin Mottola Instituto Federal de Alagoas
  • Gianfrancisco Schork Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), Laboratório de Recursos Pesqueiros e Aquicultura (LAPAQ). https://orcid.org/0000-0003-2085-6036
  • Jotahi Rodrigues Ferreira Pino Instituto Federal de Alagoas (IFAL), Campus Satubal, https://orcid.org/0000-0002-1715-4941
  • Renato de Mei Romero Instituto Federal de Alagoas (IFAL), Campus Marechal Deodoro, Programa de Pós Graduação em Tecnologias Ambientais. https://orcid.org/0000-0001-6196-6122
  • Daniel de Magalhães Araujo Instituto Federal de Alagoas (IFAL), Campus Marechal Deodoro, Programa de Pós Graduação em Tecnologias Ambientais. https://orcid.org/0000-0003-0700-9836

DOI:

https://doi.org/10.22478/ufpb.1981-1268.2020v14n3.52220

Resumo

O sistema estuarino-lagunar do Roteiro, parte central do litoral alagoano, é um ambiente caracterizado por conflitos socioambientais que conjugam a presença de uma unidade de conservação, a alta demanda turística e a pesca de comunidades tradicionais que procuram no bivalve Anomalocardia flexuosa um importante recurso alimentar e de geração de renda. Assim, dentro desse cenário, objetivou-se caracterizar a atividade extrativista de A. flexuosa na laguna. Para tal, no ano de 2019, aplicaram-se 14 questionários semiestruturados aos marisqueiros. A investigação também foi baseada na observação livre das rotinas de pesca. Os resultados mostraram pontos de convergência entre conhecimentos tradicionais e acadêmicos quanto à influência da competição intraespecífica por espaço e alimento para o recrutamento de novos indivíduos e às quedas de produtividade causadas por altos índices de pluviosidade. A mariscagem é feita de forma rudimentar, com o auxílio de um petrecho denominado ticuca. As capturas ocorrem em áreas com grande variabilidade ambiental, baixa energia de onda e sedimento arenoso. O beneficiamento do bivalve é feito no próprio local de desembarque, em ranchos de pesca construídos de forma precária e em condições sanitárias inadequadas. As conchas são descartadas ao redor dos ranchos – cerca de 27.000 kg de conchas/mês -, modificando a paisagem local. 

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Biografia do Autor

Gianfrancisco Schork, Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), Laboratório de Recursos Pesqueiros e Aquicultura (LAPAQ).

Atualmente, é Professor Adjunto A na Universidade Federal do Sul da Bahia - Campus Sosígenes Costa, Porto Seguro -, onde atua na área de recursos pesqueiros e integra o Laboratório de Recursos Pesqueiros e Aquicultura - LAPAQ. Graduado em Oceanografia pela Universidade do Vale do Itajaí, possui Doutorado e Mestrado em Aquicultura na Universidade Federal de Santa Catarina, durante os quais trabalhou com a ictiofauna da região do Alto Rio Uruguai.

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Publicado

2020-09-30

Como Citar

MOTTOLA, L. S. M.; SCHORK, G.; RODRIGUES FERREIRA PINO, J. .; ROMERO, R. de M. .; ARAUJO, D. de M. Conhecimento local e pesca de maçunim (Anomalocardia flexuosa) no sistema estuarino-lagunar do Roteiro, Alagoas - Brasil . Gaia Scientia, [S. l.], v. 14, n. 3, 2020. DOI: 10.22478/ufpb.1981-1268.2020v14n3.52220. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/gaia/article/view/52220. Acesso em: 19 abr. 2024.

Edição

Seção

Ciências Ambientais

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