Bioprospecção fitoquímica, atividade antioxidante in vitro e toxicidade da folha do Caryocar coriaceum do cerrado tocantinense
Resumo
Caryocar coriaceum, espécie típica do cerrado brasileiro, possui funções terapêuticas conhecidas, entretanto, ativos biológicos pouco caracterizados. Este trabalho teve como objetivos determinar o perfil fitoquímico, avaliar o potencial antioxidante e a toxicidade dos extratos das folhas do C. coriaceum. Os extratos foram obtidos usando duas metodologias: i) etanol 70% em aparato Soxhlet, originando o extrato bruto hidroetanólico (EBH); ii) extração sequencial, com desengorduramento, seguido da extração com metanol e etanol 70%, originando os extratos sequenciais metanol (ESM) e etanol (ESE). Foi realizada triagem fitoquímica, quantificação de fenóis e flavonoides, determinação da atividade antioxidante e identificação dos compostos por CLAE. A toxicidade foi avaliada pelo método de A.cepa em três concentrações. Foram identificados flavonoides, taninos, fitoesteróis/triterpenoides, quinonas e saponinas. O teor majoritário de fenólicos totais foi encontrado no EBH (422,55 mg EAG/g) e o de flavonoides totais no ESM (82,39 mg ER/g). A atividade antioxidante revelou que EBH (IC50=17,97 µg/ml) e ESM (IC50=16,99 µg/ml) são equivalentes ao padrão rutina (IC50=15,85 µg/ml). Foram identificados o ácido gálico, catequina, ácido siríngico, ácido clorogênico, ácido p-cumárico, naringina, vitexina, rutina e isoharmetina. EBH e o ESE apresentaram toxicidade a partir de 50 µg/ml. Os resultados obtidos sugerem potencial atividade antioxidante da C. coriaceum.