O sujeito épico em Trigal com corvos, de W. J. Solha

Autores

  • Cristina Ramalho

Resumo

O presente ensaio se propõe a discutir a categoria “sujeito”, compreendendo a evolução das condições humano-existenciais como origem das novas formas de ser do indivíduo. Assim, em nível teórico, são dimensionados: o sujeito do Iluminismo, o sujeito sociológico e o sujeito pós-moderno, compreendidos a partir das formulações de Stuart Hall, às quais se acresce o conceito de sujeito cultural híbrido, desenvolvido na tese Vozes épicas: História e Mito segundo as mulheres. Para enfatizar a real presença dessa nova constituição do sujeito na produção literária, faz-se uma incursão específica pelas características do sujeito épico, presente nas epopéias desde o classicismo até a pós-modernidade, com feições, contudo, distintas. Trigal com corvos, poema de W. J. Solha, inscreve-se na trajetória épica da Literatura Brasileira como um ícone da problemática humano-existencial hodierna, em que tanto a identidade fragmentada quanto o próprio processo de criação literária coexistem com fenômenos como a globalização, o multiculturalismo e a comunicação de massa. Resta saber como, ante essa realidade caótica, o sujeito épico, em Trigal com corvos, expressa, literariamente, suas visões, sensações e influências.

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Publicado

01.01.2004

Edição

Seção

Artigos do Dossiê