As contribuições da autonarrativa da experiência semiótica musical para a organização do conhecimento

Autores

  • Camila Monteiro de Barros Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
  • Lígia Maria Arruda Café Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
  • Audrey Laplante Université de Montréal (UdeM)

Palavras-chave:

Informação musical, Organização do conhecimento, Semiótica.

Resumo

A linguagem especializada não é a única forma de se referir à música, e, por conseguinte, não é a única forma de seus usuários a buscarem. Assim, no âmbito da Organização do Conhecimento (OC), focamos justamente naqueles conceitos sugeridos pela experiência do ouvinte não especialista. A experiência como vivenciada não pode ser diretamente transmitida, mas pode ser compartilhada por meio da autonarrativa daquele que a vivenciou. O objetivo desta pesquisa é compreender como os próprios usuários da informação musical, no papel de ouvintes, relatam as experiências relacionadas à música por meio da descrição dos elementos que compõem essa experiência. A Semiótica de Peirce é a base teórica que permite estruturar esses elementos: signo, objeto, interpretante e hábito. Para tanto, foram realizadas 17 entrevistas individuais com jovens entre 18 e 29 anos, sem conhecimento formal de música. Cada entrevistado foi convidado a relatar um momento intenso que teria vivido enquanto escutava música. A análise dedutiva e indutiva dos dados resultou na seguinte matriz: cinco categorias de descrição do signo; quatro categorias de tipos objeto; duas categorias de ocorrência do interpretante emocional, duas do interpretante energético e três do interpretante lógico; considerações sobre hábito em três aspectos: manutenção do estado emocional, uso da música como plano de fundo e uso da música para realização de esforço físico. A categorização dos relatos, associada a outras estratégias fornece uma matriz representacional do universo conceitual da música. Essa representação torna possível o compartilhamento das experiências, respeitando as variações semânticas próprias e necessárias para sua verbalização.

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Biografia do Autor

Camila Monteiro de Barros, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

Doutora em Ciência da Informação, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Brasil. Professora do Departamento de Ciência da Informação da mesma universidade (CIN/UFSC).

Lígia Maria Arruda Café, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

Doutora em Linguística, Université Laval, Canadá. Professora do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação da Universidade Federal de Santa Catarina (PGCIN/UFSC), Brasil.

Audrey Laplante, Université de Montréal (UdeM)

Doutora pela School of Information Studies, McGill University, Canadá. Professora da École de bibliothéconomie et des sciences de l'information, Université de Montréal (EBSI/UdeM), Canadá.

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Publicado

2019-07-02

Como Citar

Barros, C. M. de, Café, L. M. A., & Laplante, A. (2019). As contribuições da autonarrativa da experiência semiótica musical para a organização do conhecimento. Informação &Amp; Sociedade, 29(2). Recuperado de https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/ies/article/view/34919

Edição

Seção

Relatos de Pesquisa