FUNCIONAMENTO DO SE É QUE CONDICIONAL: ANÁLISE DO CONECTOR A PARTIR DOS PARÂMETROS EXISTÊNCIA OU NÃO DE PAUSA E ORDEM DA ORAÇÃO ADVERBIAL
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.1983-9979.2022v17n1.62302Palavras-chave:
Gramática Funcional, Parâmetros existência ou não de pausa e ordem da oração adverbial, Variações nos usos, Conector condicional se é queResumo
A abordagem funcionalista entende que a descrição da condicionalidade deve ser estabelecida com base nos contextos reais de uso, sendo contemplados tanto os aspectos gramaticais quanto os discursivos. Sob esse viés, chama atenção o estudo das relações de condicionalidade presentes em orações adverbiais introduzidas pelo conector se é que, considerando que sua característica de conferir realce, ao ser utilizado como conector condicional, revela variações e funções inovadoras creditadas a motivações cognitivas e interacionais distintas. Situado nesse enfoque, este trabalho objetiva identificar e descrever variações sintáticas, semânticas e discursivas inerentes ao uso do conetor se é que em contextos de condicionalidade. Para a reflexão proposta, elencamos os parâmetros existência ou não de pausa, indicado pela presença/ausência de sinal de pontuação, e ordem da oração adverbial, considerando a posição em que aparecem as orações adverbiais condicionais. Acreditamos que os referidos parâmetros podem evidenciar, em textos jornalísticos coletados no Corpus do Português (DAVIES; FERREIRA, 2006), diferentes propósitos comunicativos inerentes aos usos do conector condicional em tela, associados às informações veiculadas. A perspectiva de análise assumida recorre a fundamentos da Linguística Funcional Norte-Americana (NEVES, 1999, 2012, 2018; CASTILHO, 2010; GIVÓN, 1984,1991; dentre outros). Os resultados apontam que o conector se é que apresenta peculiaridades em usos diversos, com influência direta na organização textual e discursiva.