Capitão América e a doutrina Bush: uma análise sobre a indústria cultural como instrumento de política externa dos Estados Unidos
Abstract
O personagem Capitão América foi um instrumento de política externa dos Estados Unidos durante a Guerra Fria, sendo a representação de um sistema de crenças e da imagem nacional norte-americana. Com o fim da Guerra Fria, seu papel foi deixado em segundo plano; entretanto, o relançamento do personagem com a “guerra ao terror” e a Doutrina Bush fizeram com que houvesse a confluência de defesa dos interesses e valores dos Estados Unidos através da utilização de um instrumento cultural, restaurando a imagem nacional abalada após os atentados de 11 de Setembro. Os Estados Unidos buscam a manutenção de sua hegemonia através de quadrinhos e filmes utilizando o Capitão América; a eficácia do método, contudo, tem sido objeto de contestação no panorama internacional.
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