FOLCLORE DOS SÁMI DE INARI TRADUZIDO AO INGLÊS: INARI SÁMI FOLKLORE, STORIES FROM AANAR (KOSKIMIES; ITKONEN)
Abstract
Aquele que se aventura no campo de estudos a respeito dos povos sámis depara-se frequentemente com a barreira linguística e dificuldades desta natureza, impostas a nós pelas próprias fontes primárias de que dispomos. Existem, de fato, materiais incontornáveis que foram escritos originalmente em latim, como Historia de Gentibus Septentrionalibus (1555), por Olaus Magnus e Lapponia (1673) de Johannes Schefferus, e que são, por isso, mais acessíveis, além de terem sido traduzidos para inúmeros idiomas contemporâneos – dentre eles, o inglês -. Outras obras igualmente fundamentais estão escritas em idiomas germânicos do norte Europeu, como Fragmenter i Lappska Mythologien (1838-1845) de Lars Levi Laestadius, publicado em sueco e traduzido para o inglês como Fragments of Lappish Mythology, além de relatos como os de Samuel Rheen (1671), Henric Forbus (1729) e Knud Leem (1748; 1760; 1767; 1768), dentre outros, que não foram traduzidos integralmente sequer para o inglês, mas cujos trechos que englobam especificamente o xamanismo sámi foram traduzidos a esta língua por Tolley (2009). Já os materiais folclóricos, coletados em empreitas etnográficas, encontram-se em idiomas ainda menos acessíveis, estes fino-úgricos, como em finlandês ou em algum dos idiomas sámis[1]. Por isso, as empreitas tradutórias destes conteúdos para idiomas como o inglês, vide o livro sendo resenhado são, por si só, valiosíssimas, tornando viáveis, muitas vezes pela primeira vez, ricos materiais para os estudiosos de folclore, religião, literatura, antropologia e áreas afins. A palavra sámi não designa uma única etnia ou povo, mas é empregada para referir-se a um tronco étnico-linguístico dentro da família fino-úgrica que, por sua vez, é pertencente ao grande ramo linguístico denominado Urálico. Assim, o termo representa inúmeras etnias sámi distintas e, vale lembrar, estes povos habitam uma vasta região (denominada de Sápmi), que engloba as partes norte da Noruega, Suécia, Finlândia e a Península Kola, no extremo norte russo. Ainda existem, hoje, vários idiomas sámi, embora alguns se encontrem em risco de desaparecimento: Sámi do Norte; Sámi do Sul; Lule sámi; Pite sámi; Kola sámi; Skolt sámi; Ume sámi; Inari sámi; Ter sámi e Kildin sámi.
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