A QUALIDADE DA TERRA E DOS HOMENS: COLONIZAÇÃO E POSSE DE TERRAS NA AMÉRICA PORTUGUESA (SERGIPE – SÉCULO XVI-XVII)

Autores

  • Edna Maria Matos Antonio

Resumo

O artigo busca analisar, através da caracterização do processo de ocupação e distribuição da posse de terras na América, a montagem das estruturas de exploração colonial lusa em um espaço e temporalidades específicos: a capitania de Sergipe. Assim, o texto apresenta brevemente a dinâmica da conquista e o movimento da ocupação do território para, na sequência, apontar a relevância dos elementos políticos e culturais no processo da distribuição de terras e na questão da formação das grandes propriedades escravas no nordeste colonial. A análise de cartas de doações de sesmarias, produzidas no fim do século XVI e início do século XVII e fontes impressas relativas ao período, indica que a ocupação do território e distribuição de terras permitiu a formação de um cenário produtivo composto por formas variadas de posse, combinando a existência de grandes propriedades com as de menor extensão. Nela se sobressaiu a importância dos valores aristocráticos e das redes clientelares para o processo de formação do monopólio das grandes extensões, processo que transformou a posse da terra em um instrumento de reprodução de uma hierarquia social excludente, com profundos efeitos para a composição da questão agrária.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Downloads

Publicado

2012-06-30

Como Citar

MATOS ANTONIO, E. M. A QUALIDADE DA TERRA E DOS HOMENS: COLONIZAÇÃO E POSSE DE TERRAS NA AMÉRICA PORTUGUESA (SERGIPE – SÉCULO XVI-XVII). Sæculum - Revista de História, [S. l.], n. 26, 2012. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/srh/article/view/15032. Acesso em: 18 nov. 2024.

Edição

Seção

Dossiê: História e Questão Agrária