Entre a norma e a rebeldia: rastros de feminismos no sertão baiano
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.2317-6725.2019v24n41.47673Resumo
Pensando os sertões brasileiros como um espaço plural, diverso e potente, embora historicamente associadoà fome, seca, a masculinidades dominantes e feminilidades submissas, neste artigo analiso as diversas formas de rebeldia feminina nesseterritório a partir de um estudo biográfico de uma mulher afro-indígena, não escolarizada, pertencente às camadas populares e moradora do sertão baiano.Sua narrativame levou a refletir sobre as possibilidadesde invenções de feminismos, considerando que estes foram construídos historicamente através do enfrentamento direto das mulheres à ordem androcêntrica, bem como porsuas sutis formas de rebeldia. Apartir de uma perspectiva decolonial, pretendo analisar as várias táticas utilizadas por esta mulher para subverter construções sociais de gênero, fazendo emergir “invenções de subjetividades” potentes e paradoxais.