Combatendo as “plantas exóticas” da Nação:
a Lei dos Prefeitos de Pernambuco de 1836 e o ensaio das reformas regressistas no Império
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.2317-6725.2020v25n42.50898Palavras-chave:
Brasil Império, Regência, Cultura políticaResumo
Em 1836 a Regência passava por um momento de crise política com os desdobramentos das medidas liberais e descentralizadoras implementadas desde o 7 de abril de 1831. Começava a surgir um movimento de cisão entre os liberais moderados que até então controlavam o poder na corte e de contestação àquelas medidas. Era o início do Regresso. Na província de Pernambuco os regressistas foram representados pela oligarquia dos Cavalcanti em aliança com os restauradores locais do grupo do futuro regente Araújo Lima. Utilizando-se dos meios disponíveis de luta política pela imprensa e do controle da Assembleia Provincial, estes novos regressistas pernambucanos conseguiram aprovar uma lei provincial que anulou muitas das medidas descentralizadoras e deu nova roupagem centralizadora à estrutura judiciária e policial da província, antecipando as mudanças a nível nacional que só seriam tomadas com a Lei de Interpretação do Ato Adicional de 1840. Este artigo se propõe a analisar o processo como se deu esta vitória dos regressistas em Pernambuco e suas implicações para a luta política local.
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