Sob a égide da lei, em meio à força do hábito:
polícia e escravidão nas páginas dos jornais do Rio de Janeiro (1820-1840)
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.2317-6725.2020v25n42.50905Palavras-chave:
Polícia, Escravidão, Imprensa periódica, Política, Século XIXResumo
Após a independência do Brasil, o ambiente político se tornou promissor para uma série de transformações institucionais vinculadas, sobretudo, à adequação do nascente Estado aos postulados do liberalismo político e da monarquia constitucional. Em tal cenário, os embates acerca das mudanças se colocavam nos espaços de poder em sentido estrito, como o governo e o parlamento, mas também por meio de novas formas de sociabilidade que vinham se construindo desde o início do século, impulsionadas pelo processo de emancipação política. A imprensa periódica, nesse sentido, desempenhou papel fundamental. Neste artigo, busca-se analisar alguns dos discursos presentes nos jornais sobre as modificações pretendidas e implementadas no tocante à polícia, entre as décadas de 1820 e 1840, sob um aspecto específico: a relação entre as instituições policiais e a escravidão. Cumpre, nesse sentido, elucidar como as rupturas, permanências e mesclas no tocante às atividades policiais foram abordadas e debatidas em meio ao processo de transição política dos oitocentos, notadamente no que se vinculavam ao sistema escravista. Ademais, importa demonstrar o quanto tais discussões ligavam-se às disputas políticas do período.
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