Lima Barreto: um “juristinista” na tribuna das letras
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.2317-6725.2021v26n45.59908Palavras-chave:
Direito, Burocracia, Espaço, Lei, CorpoResumo
Esta pesquisa busca destacar um pouco das relações que o escritor Lima Barreto manteve com o direito e os espaços do jurídico. Essa leitura possibilita a avaliação de um perfil do autor ainda pouco estudado e discutido por parte dos pesquisadores de sua fortuna, com enfoque para a figura do homem burocrata, do indivíduo de pele enrijecida e comumente associado a alguém sem vontade, que sofreu os apagamentos das sensibilidades e que esteve preso às amarras do poder estatal. A figura do “juristinista” é apresentada como uma possibilidade de discutir as visibilidades e dizibilidades que o escritor traçou acerca do direito e diz respeito a uma nova percepção corpórea que sempre forjou e criou sobre si, em paralelo às fachadas sociais do jornalista e do literato, geralmente situadas como perfis combativos do homem burocrata. Na articulação do debate, realiza-se uma análise dos artigos e crônicas barretianos, bem como de outras documentações escritas que ajudam a tornar evidente de que forma Lima Barreto fez constantes travessias entre as fronteiras do direito.
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