O culto aos antepassados e a Tenrikyo: nova Religião Japonesa e seu templo como patrimônio cultural de Bauru
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.2317-6725.2022v27n46.62067Palavras-chave:
Imigração, Japoneses, Bauru, Patrimônio Cultural, TenrikyoResumo
Este trabalho trata dos espaços religiosos nipônicos e do reconhecimento do templo Tenrikyo como Patrimônio Cultural da cidade de Bauru (SP). O culto público aos antepassados, realizado pelos nipônicos na cidade ocorreu a partir da organização e fundação tardia (1951) de templos budistas ou xintoístas, sendo que a imigração de japoneses para a cidade deu-se por volta de 1914. Para a compreensão desse processo, apresenta-se a constituição da identidade religiosa desses indivíduos por meio de valores, de práticas e do próprio culto aos antepassados – os quais constituem um patrimônio imaterial. Tal culto era realizado em oratórios domésticos no interior das residências, até a fundação e a organização do primeiro templo da Igreja Tenrikyo, que, na tessitura dos acontecimentos, tornou-se um patrimônio cultural dos bauruenses, contribuindo para manter e preservar a identidade dessa comunidade. Os pressupostos teóricos utilizados neste trabalho compreendem que a História Cultural permite diferentes abordagens e métodos, variando de acordo com o objeto de estudo e as fontes. Metodologicamente, utilizou-se nesta pesquisa reportagens publicadas no periódico Jornal da Cidade de Bauru, por meio eletrônico, no período de 2007 a 2015, e as Atas do Clube Cultural Nipo Brasileiro, de 1936 a 2008. A metodologia de investigação bibliográfica pautada nesses periódicos permitiu o acesso aos diversos setores da vida social, à disseminação de ideias e valores do cotidiano, às memórias, às ideologias e aos modos de pensar e agir, possibilitando, portanto, a compreensão de certas manifestações, de consolidações de valores e de leituras da cultura nipônica e da sociedade de Bauru.
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