Onde muitos governam não governa nenhum
favoritos, privados, validos e ministros na primeira modernidade
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.2317-6725.2022v27n47.63738Palavras-chave:
Soberania, Favoritos, Privados, Validos, MinistrosResumo
O presente artigo se propõe a realizar um breve levantamento historiográfico sobre os favoritos, privados, validos e ministros, personagens que, ao longo da primeira modernidade, compartilharam com os reis a governabilidade, interferindo, em escalas diferentes de importância, nos mais variados assuntos das monarquias: da gestão cotidiana dos negócios às decisões da grande política. Deste modo, compreenderemos o prestígio conquistado por esses atores como parte de um fenômeno político novo, próprio da estrutura política do Antigo Regime europeu. Para tanto, além da historiografia que se debruçou sobre o tema nas últimas décadas, utilizaremos textos impressos e manuscritos nos quais o favoritismo e o valimento foram abordados. Parte dessas fontes, produzidas entre os séculos XVI e XVIII, são avisos ou tratados políticos, onde não apenas a soberania do monarca é discutida, mas também os benefícios e prejuízos de se partilhar o poder decisório da realeza com outros atores políticos.
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