Do reconhecimento à redistribuição de gêneros dissidentes a partir da linguagem como poder

Resumo

O presente artigo visa discorrer e apresentar as possibilidades inerentes à linguagem de deslocamento de poder, a partir das instâncias de luta por justiça social, em especial o espaço do reconhecimento e da redistribuição para sujeitos de gênero dissidente. Através do pensamento de Judith Butler, em relação aos poderes de definição da realidade presentes na linguagem, bem como da micropolítica de Deleuze e Guatarri e de Nancy Fraser para com as lutas sociais, visamos propor uma colocação da linguagem como instância primeira de demanda social, assim como proposto por Danillo Silva e Emily dos Santos. Assim, podemos delimitar um caminho possível de diligência frente às grandes instituições de controle e disciplina que, em uma lógica ocidental como a que este artigo foi produzido, decidem a quem cabe falar e ocupar espaços de poder.